sábado, 19 de janeiro de 2013

Parte da pele

Algo em mim jogou a toalha e bebi a noite toda numa agonia de botequins a dose no balcão isto vocês não precisam reeditar o papo de bêbado falam e esquecem que também nós falaremos tudo até aquilo mais profundo que a instituição não viu entrar este retardado não me abandona ficaram todos mais distantes até quando simulam uma aproximação ela acha que foi papo de balada mas sei que o gatilho foi Pé Na Estrada o livro que para mim entrou frio quando em 84 descobri uma tradução na biblioteca li e fiz o Gisnei ler para podermos discutir juntos aquilo e o quanto tinha que ver conosco este sempre foi um dos meus métodos de lidar com livros também gostava de testar o assunto colocando ele na roda à disposição de todos vamos tentar entender este cara nunca só uma performance de li isto li aquilo você precisa ler aquilo que li isto aparece só quando chega o azul no branco em 2003 e começam os escritores e suas associações aí tive que ser muito frio para ficar calado 3 anos e quando fiz uma pergunta o doutor de vários departamentos universitários disse que eu o agredi a noite inteira dei as costas e não falei mais nada dei uma palestra com as palavras e a caixa preta stand by eu não quero uma emoção na minha leitura tão pouco uma comoção nacional pois sei que isto não resolveu nada só piorou o amadurecimento do bananão enquanto ali estava ouvindo os que diziam contar versos os dos versos internos os dos versos puros outros de versos puristas anarquistas de boca para fora a disputa para escrever no jornal interno outra para entrar na cristaleira da sala de espera predileção de época festins coquetéis falsas camaradagens aqueles que se dizem não se suportarem se abraçando e rasgando seda trocando favores o mesmo que via no meu serviço sem acreditar em nada daquilo por saber que aquilo era uma repetição mórbida de vidas passadas mal interpretadas ou seja além de estarem repetindo ainda repetiam mal quando se experimenta sem nenhuma receita não escolhemos a casa que vamos entrar já bebi tanto na casa do padre como na casa do presidiário quanto na mata fechada no matagal no bosque no trevo na estrada no serviço em casa menos mas a casa bebia de tabela quando consigo um ligação direta a gasolina não acaba nada se fecha coloquei o carioca para gritar no silêncio de São Paulo enquanto dei uma aula de todas as minhas possíveis versões daquilo que posso ser a qualquer momento da fragilidade de qualquer estrutura que ele confiava para pegar o ladrão eu não preciso de nenhuma técnica policial ele fica querendo me dar coloco no divã vamos beber umas antes. Só que não sirvo à ninguém, me dá uma preguiça trabalhar para empacados, aqueles que se deterão...
Não existe o eu no meu texto.
Me tornei só a espreita sem cobertura o olhar de está aí né. 
     

Nenhum comentário: