terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Eu não sei ler só a rua

Joseph Jacotot.
Minha cota de citação hoje.
Vai vender enciclopedia em outra casa.
Aqui nós nos emancipamos do estado fazendo uso de todas as suas frestas de entradas e saídas.
Para o conhecimento daqueles que se julgam espertos no meu departamento nós tínhamos todos os estereótipos possíveis em um grupo de 200 homens todos trocavam querendo ou não seus limites durante meios expedientes plantões noturnos horas extras muito mais que terapia em grupo muito mais que salas de aulas muito mais que em família.
Liberdade de falar + TEMPO + transeuntes disponíveis para serem consultados, do deputado ao mendigo ao louco, o BRASIL passando pela segurança.
Por favor, uma dúvida, estamos aqui para facilitar sua vida, em troca, conte aqui agora no posto, abra-te!
Os outros funcionários só tinham os das suas sessões e não podiam ficar de troca-troca o tempo todo em diálogo permanente com todos sem discriminação um de nós tomou até cerveja com defunto e quando o rabecão queria partir ele falou não meu amigo não levem...
É mais ou menos como sair para a rua e conversar com quem você quiser, só que na rua você não conversa com quem você quer mas sim dentro da sua semiótica no serviço conversávamos até com os loucos tornamos o corpo humano funcional deixamos o Julião ser o dono de todos os projetos & saber de todos os possíveis aumentos e promoções, em troca ganhávamos água & café...
No início brincávamos de excursão na ida e na volta de micro-ônibus, mais eufóricos, uma verdadeira festa, com a cidade. Quantos tipos eu conheço?
Nos outros lugares quando a prosa está ficando boa a agenda chama, nos nossos postos tínhamos a sofisticação do parlamento, a voz de todo o país circulando nos corredores amigos de todos os estados contando os detalhes finos da questão...
Muito mais do que se põe no Google, você sabe do disco voador do Gil na testa do deputado?        

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