sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O moto boy virtu-literatura

Estou entre o pedal marcado e o texto entre o frio molhado e o quente em mim fora daqui um país que quando sabem que você joga xadrez dizem que você é inteligente ou louco um país onde os que menos leram resolvem a corrigir em prol da norma culta descobrem que você não sabe escrever dizem acho que ele não estudou o país que preferem conversar fiado o dia todo ver novelas e não saírem do lugar o Agostinho só me falou uma vez do concurso fui lá me inscrevi estudei e passei e antes eu não parava para reclamar não quando estive mais sem nada  quando sou mais eficiente livre até de documentos posso mudar entrar e sair em qualquer boca quando ganhei o mundo só com o corpo?
Descalço em Brasilândia de Minas só de calção de brim (geralmente sujo) eu rodava a parte debaixo e a de cima até aqueles que queriam censurar me consultavam foi o caso do Joaquim Braçinho que tentou me convencer a me vestir direito mandei com este calor e esta poeira aqui só não saio nu para não ir preso sem saber que depois sairia e não iria OSTENTO TENTO OSTENTAR quando lancei o AZUL NO BRANCO lá a cidade parecia estar vazia e quando vi não parava de autografar até uma e meia da manhã foi chegando gente pouco a pouco pessoas que diziam me conhecer e não consegui me lembrar uma me disse que foi da mesma sala ou seja se só passasse por lugares morados eu teria vendido a edição toda mas não só fui em dois além daqui onde ando leio tudo falo com todos deixo que falem respondo ou viro as costas não comi ninguém no Jenipapo mas todas as putas me conheciam e não pediam uma dose mas falavam de qualquer assunto eu descia fora de hora de bicicleta elas diziam das minhas pernas dos olhos do cabelo nunca falavam do nariz ou da magreza caramba lá é cheio de fazendeiros e eu empalando o dono da fazenda logo no início do livro será que saberão que estou falando da terra toda deste lugar?
Quando voltei em São Miguel para trabalhar para poder voltar em Minas e me casar os moleques me mostraram o Ripe no bar e disseram ele tem mas é perigoso foi só escurecer e lá estava eu no breu atravessando o parque Real a linha do trem batendo papo com o Ripe no escuro não tem bicho de sete cabeça me ensinou Pedro Alcântara Stoduto.

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