sexta-feira, 30 de maio de 2008

FORA DE ORDEM


Robson, perdoa os inocentes, falava minha avó, quando eu criticava qualquer um por qualquer coisa, no entanto ainda não aprendi a perdoar os inocentes, mesmo quando estes querem me agradar, busco no fundo do olhar a razão que rasga a seda, pra num dar jacaré, se Dumbo que foi hipopótamo nunca esteve no gibi principal, não precisava que eu me preocupasse, mas ainda assim quero colocar pingüins na geladeira, nos seus devidos lugares com seus ternos escuros, o período é longo, virgulado, sem nenhum ponto antes do final, e poderia ser sem sinal algum, que o bom leitor leria minha pilhéria, agora os que só conhecem o discurso do poder da ordem e do progresso, estes que ainda não saíram do positivismo, vão precisar do perdão de vovó e um terço de lágrimas.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

13 LINHAS

Robson2008.008.
minhas pernas passam muitos

meus cais cala naus

muito antes falam crime

mas tem vez sim

simples número cortar partes

medo boca colo cama

manda calar antes porém

das dez com dor

tâmara madura sempre chupei

nado rios fome lama

rio mar ser bio

câmara física vários Tôrres

a palavra sem ligação perde sua função gratificada

quarta-feira, 28 de maio de 2008

surrealismo abstracto


O orelhão está andando

A carabina isto arma

O fariseu está armando

A gorda isto se vicia



estrofes versos livres

estes boles à revelia

antílope enorme luta

não precisa de bifes



O pato rouco apareceu

A vaca amarela falou

O flexa ligeira aplicou

A carabina mascou



estrofe banguela

verso Dalí

gostou comprou



Procure a porta principal

Encontre o porto municipal

Parta da via inicial

Espaço do trivial



carimbado e assinado

repetido e sugerido



...um dedo de prosa pro oreia!






terça-feira, 27 de maio de 2008

COLCHA DE RETALHOS


escrever o prazer

sempre longo orgasmo

descrever a fresta da rocha

fenda firrrme onde boto meu pequeno galho

as curadoras trazem emplastRo sabiá pra suas costas

dói menos agora?

deixa: passear pelo texto!

assim como ácaros passeiam...

invisível pensamento no seu braço ao vento.

rima pobre rima cobre suas vergonhas

ninguém sabe do nosso relacionamento...

com a minha licença poética entro e saio quando quero

do novo ao velho tudo é Ó

as vírgulas os pontos custure à mão!

tricotando ou crochezando vou te coisar todo.

patchwork?

segunda-feira, 26 de maio de 2008


RECADINHO NÚMERO DOIS


quem quer saber tudo sobre os jovens que aqui circulam é só falar com a fonte nela está contida algumas moedas de ouro de outro campus sem ser unbesta pode ser ceuba irmão do pinguim ou mesmo upis tropeçei caio na 310 sport cicle pego minha creta e vou scoltar um broto di baixo du broco rato mas porem onde quiserem isto sabem tirar o recado do quadro e esconder os rabos aveztruz cruz credo que homem louco quer me comprometer com o juiz de peteca tresloucado soltei um avião de papel o mundo precisa entender que a amazonas tem lombo custurado prespontado de botas longas cavalga empinada mais de oitenta tainhas de uma vez estão vindo aí provar deste manual com direito a estilingue e zarabatana: sopro!

sábado, 24 de maio de 2008

EM PRAÇA PÚBLICA


Quer me interrogar sobre letras ele que sempre foi um comerciante mal sucedido depois que entrou na seita pt sai por aí fazendo cursos relâmpagos e mostrando competência a esmo por todas as bravatas do parlamento quer dar choque no jovem que foi sem mesmo ter criado os próprios filhos uma credencial para entrar nos furdunços em busca de carne acreditou que eu buscava a mesma coisa esquece o teatro e exalta a pelota todos desta seita tem seu marketing disponível sempre prontos mostrando seus dotes jogo o símbolo preto no branco convido para a batalha no espaço tempo de nossas vidas sem padrinhos sem sorte ou azar ele prefere acompanhar o cortejo ao lado da loira burra da sede e desce e faz reuniãozinha com a seita em pleno expediente abandonando a porta aberta sabe não vou policiar os jovens isto não me interessa vou fazer um doutorado sem orientação por todos os departamentos do Campus unbesticos e rir com prazer dos meus erros você que encosta em qualquer rocha para comer abobrinha talvez não tenha o alcance deste tecido de tear aranha com tentáculos para o povo.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

depois da perda

acabo de perder um texto aqui nesta merda de blog e este bosta diz que recupera o tecido mentira isto aqui não dá futuro não então posto qualquer coisa e quem ler vai ainda assim elogiar : e agora o que escrevo: escreverei diferente e tu também.
espaçonave: senta e reza.
deixa a saia preta pra mijar.
saudades da rua clovis.
igreja de índio.
viu posso por ponto final antes que perca este também.
ou caetano.
quem sabe não edu lobo um cirandeiro brilhando mais que o sol ciranda de estrelas caminhando pelo...olhinhos de meu bem...
gigi li letrinha sua no verso do caderno de bruços ...

di minutu

terça-feira, 20 de maio de 2008


"...o meu destino é caminhar assim..."

muito pouco tempo depois estavamos olhando a estrada e ainda avistamos na última curva ao alcance da vista o rabo de peixe azul com suas grandes lanternas vermelhas para não derrapar, joguei no chão a beata entrei no carro e enquanto dava a partida vi a lagrima escorrendo no rosto dela avó sem neto, voltamos em silêncio para casa, entramos fechamos a porta e fomos dormir.
agora penso nela indo com nosso neto para são josé dos campos sem fazer contacto de chegada deixando sua mãe preocupada. muito antes do galo cantar a porteira estava aberta. pouco depois da lua nascer já estava frio. sem lobo sem fronteira o uivo é da minha cadela. minto tanto escrevo nada nunca quis ser escritor ou artista.
madre nossa mãe foi pai quando pai se foi vó minha criou-me netinho eterno com rosário de contas de lágrimas da beira do rio tiêtê. ponto. de ônibus. chapéu na cabeça.
mistura fina minister roliudi continental consul e outros amarrados em treliça cortina nos meus olhos de criança e os tius atrelados com água fervendo e pauladas separando o acasalamento. a cadela está no sofá com as orelhas em pé chora por não ir ter com os pedreiros.

segunda-feira, 19 de maio de 2008


sem saia

São comuníssimos os erros com o verbo fechar, por isto abro onde alguns abrem, com o verbo enxergar: enxergo agora onde quero chegar, irregular dar, assim como os verbos regulares( aqueles que regulam o que escrevo) agrafo pena.
Novamente revisto atualizado aumentado pela introdução de signos de tecnologia recente registro os vocábulos usados em Brasília e arredores com um breve estudo da origem e evolução da língua dos outros e vai também a pronúncia normal dos daqui: a pauta certa para o sucesso, museu vivo da memória candanga, estagiária oficial, palmas, aquele mundo descampinado que se avista da vargem, fim de mundo a lei e a ordem não tem caminho certo, desculpe não dá para acreditar. Mentira. Ainda tem coragem de andar empurrando canoa por essas lagoas e rios?
Enrodilhou o pano grande no bambu: o que é português brasiliense? - É muito comum ouvir dizer a língua de uma comunidade é um código que serve como um veículo para o envio e a recepção de informações entre seus membros, do mesmo modo podemos perguntar: como se deu a evolução do ensino e da arte, quais foram suas influências de ordem estética, pedagógica e filosófica, e as metodologias utilizadas durante estes 48 anos? _ SEBINHO_ Admiro e compreendo os grandes artistas, sobre eles entendo muitas coisas fundamentais, por exemplo: eles são sempre homens bem além da preocupação estética, consideram seus ofícios ferramentas duplamente adequadas, tanto para cavar nas infinitas reservas do conhecimento quanto para materializar suas descobertas em obras palpáveis...técnica de redação saber escrever bem preciso os manuais reunidos oferecem a instrumentação necessária ao trabalho intelectual, quando decoramos mecanicamente regras e conceitos, como se faz frequentemente nos cursos daqui, tudo aquilo que deu tanto trabalho para memorizar á força é esquecido imediatamente após a prova. comparei a impressão que eles me deixam com o som de boa música quando chega aos nossos ouvidos, com os silêncios necessários...
Quando existe obra, o resto é pura falação!

domingo, 18 de maio de 2008

útil

Vou fazer um texto emocionante para impressionar todos os mortais ele começa na descida pois fica mais fácil de arrancar se cair no lago Paranoá e afundar com a barca da poesia o Brasil não perdeu nada meu dedo indicador vai procurando as letras no teclado inglês vejam como sou inteligente acho que vai chover poesia quem pegar um poema meu limpe o nariz com ele que pleonasmo todas as idéias arcaicas dos doutores em idéias boto num balão e solto de cima do anexo-I da câmara dos deputados meu cão agora levantou as orelhas e balança

sábado, 17 de maio de 2008

espreme que sai

O Marconi me preveniu: “eles vão querer mudar o seu jeito de escrever”. Achei meio exagerado, mas quando vem do Marconi exagero é redundância, ele estava certo, no fundo eles querem mudar o meu modo de escrita, não diretamente, mas de uma maneira involuntária eles não aceitam que eu não dê a mínima para regras e outros enganos com relação à arte, este texto por exemplo começou assim apenas pela vontade de escrever e desfrutar deste momento de solidão onde não tenho que ter hora nem roupa, quando ganhar e perder significa a mesma coisa, apenas um rosto bonito uma saia uma bunda um peito um par de pernas: é só inflar e se masturbar...

sexta-feira, 16 de maio de 2008

quem vai me dar?

ela bem que poderia estar no meu quarto aguardando uma saída pela manhã com sol ou chuva quem souber do seu paradeiro que deixe um comentário vou esperar alguém importar e fazer uma oferta minha magrela vai morrer de ciumes mas preciso montar em todas que sejam revolucionarias...

uma pista só para nós dois com folhas secas e cheiro bom sem fantasmas sociais...

COUROFINO

Não tenho nem um modelo que não seja clichê, nem uma maneira de escrever fora de um padrão pré-estabelecido, mesmo qualquer pensamento vem acompanhado do já dito, eu que pensava estar escrevendo novidades, vejo hoje ser impossível dizer algo de novo. Somos alimentados por faíscas de um fogo único, quem ligou o fogo é apenas hipótese de cientista maluco: História.
No entanto, não quero escrever dentro da forma, do gênero ou qualquer modelito de butiques acadêmicas. E, como cada um tem seu jeito de conversar, considerem minha escrita uma conversa, depreciem, digam; coloquial, oral ou qualquer coisa que me diminua: mesmo assim estarei dizendo o que penso e quero. Deixo qualquer aspecto de seriedade, profundidade com vocês estudiosos decoradores.
Que tal mudar o impacto para o meio do texto?
Ou mudá-lo para o ínicio ?
Existe algum mal em continuar a conversa depois do riso?
Até quando vamos viver de contextos?
Quem vai curar o curador?
Quando você me lê escapas?
Quer entender o que já sabe?
Entendo sua necessidade de aprovação de quebra de preconceitos interioranos e citadinos querer fazer parte dos imortais que um dia será motivo de deboche ser criticado por um figurão rir e repetir suas coisas para idiotas de carteirinhas sou tão ruim quanto qualquer um de vocês.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

SÊMEM ÓTICO

AÍ BEBÊ COMO DÓI ESPIAR FINGIR GAMAR H IMITAR JAGGER K LUTAR MATAR NÓS OS PÁSSAROS QUEBRADOS RÚSTICOS SÓ TITÂNIO UNIDOS VÔO W XAMÃ Y ZEM A BOMBA CAIU DENTRO E FOI GOL H ÍNDIO JURUNA KUARUP LANÇA MATO NA ORDEM POIS QUANDO RAIOU SUMIU TALVEZ ÚNICO VERDADEIRO W-8 XAXADO YMEN ZANZANDO ATO BOM CÉU DOM ERA FACA GALA HORA ISCA JILÓ KAKA LIMÃO MAMÃO NATAL ÓRGÃO PAVIO QUIBE RAIVA SALVADOR TENTADOR U VÃO W-2 XIXI Y ZINCO ANDA BOBA COMA DOMA E FAÇA GOZAR HARPA INSTANTANEO JAVALI KAMIKAZE LI MAR NADEI OUVI PITEI QUANTA RAZÃO SALVEI TE USO VISTO W-0 XISPO YAN ZANZA ALI BRANCO CAI DANÇA EIA FALSO GIZ HANGAR IMÃ JAMPE KIM LINDA MÃO NOITE OPA PINTA QUE RIMAM SIM TONTO USA VADIA WIP XANDÓ YES ZUMBI ASTRO BÓLIDO CAN-CAN DANÇOU EIS FILME GO HAIR ÍLIADA JASÃO KEEP LIMÃO MISTURA NOUTRA ÓPERA POIS QUEM RIU SENTIU TONTEIRA UNIU VIU W XAPADO YSTO ZIM AGORA BOA CANTADA DANDÍ ENFIM FIZ GALÃ HP IMPALA JEITOSO KIERKEGAARD LUMINOSO MUSICAL NA ONDA PISCOU QUIS RIR SEDUTOR TIREI UNIDADE VONTADE WM XARADA Y&L ZUADA.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

ontem

ontem vi ele vaidoso desfilar suas amarras pensa ter me seduzido com palavras envolvendo o outro do mesmo naipe e madames casadas com figur~oes internacionais que misturam tintas e conversas fiadas com o mesmo pincel ui como estou de saco cheio acho-*-------------------------------------------------------------------------------*********************************************************************************************************************************penso que daqui não é posdsível sair da província ou sei lá se quero sair sei que entrar por cursos de deslizes pouco me interessa escrevo cansado de saco cheio como são idiotas idólatras e bobinhos...

terça-feira, 13 de maio de 2008

ser vício

A ovelha branca quadriculou todas as intenções antes da tosa sabia da manipulação dos tratadores de função seu pelo naquele ano era record absoluto entre os da mesma raça fruto de cuidados alemães investiu pesado no corpo aprendeu muito com o gabiá aquele gato malandro que só se alimenta de sabiá laranjeira e em vez de miar canta as preciosas da fazenda e com o olhar de capim meloso mostra órbita grande angular sem penetrar de vez no pensamento da ovelha já que esta é uma espécie de amuleto da categoria imparcial simboliza o rito da tosa com seu escrever berros longos sem interrupção de regras administrativas fica a vontade no meio do rebanho desfilando seu envelhecer educativo na esperança lã quente acalanto cobertor geração revolução vida...Robson2006.

bom dia mundo

Um dia mudei para o lugar imaginado fiquei livre do barulho e ainda assim falta alguma coisa parece vazio inseguro difícil de dizer mas é como se não fosse permitido o sonho realizado depois de cinqüenta anos brinca como um demônio dizendo era isto o que você queria e agora casa maior vamos colecionar objetos regar plantas saber quem são os vizinhos é hora de trabalhar você não tem mais desculpas senta num canto e vai escrever direito o que é viver encaixotado talvez venha as lembranças não dizem que de longe se vê melhor fale da grama do verde das maritacas das rolinhas e viva.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

DEBUTO

Os gatos só soltam pelo no verão

As vacas sabem sacar suas tetas

O gambá abre mão do comentário

A lebre come carne de soja aqui

Somos limpos devido ao Omo

São sujos por terra estrangeira

Ou antes ou depois tanto faz sempre

Ao tempo dê espaço suficiente antes

Sim seremos quando ser significar

Não negaremos a essência do não

Mais mas no porem quanto quiser

Menos subtrair que trair lema menor

Quando quero que querem quererão

Como como cromo metal não sabe

É absoluto e nunca será absolutamente

descarrego

abobrinha batida com xuxu e um pouco de desgosto sem graça como qualquer poema vem me dizer antes tudo do bem de ser mal feitor uma vontade de teclar qualquer coisa e meter a ripa no diretor de merda qualquer quem quiser dizer o que está errado diga ao fiado pois comprei à vista antes de ser vendido e quem estiver lendo saiba que não gato tudo agora pois o cara quer o computador tchau

sábado, 10 de maio de 2008

9


Então era isso: palavras.
Signo: touro no tecido vermelho.Não sou, não quero ser, estou, enquanto: larvas.
Pigmento: âmbar olhar tigrado.
Façam vocês melhor: cavas.
Linha: volume ou forma, cunho.
Vai idades afiar cegar: ovas.
Forma: um volume fechado.
Senta espera o elam: vãs.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

MANDO BEM


com elegância bebi muito na birosca do betinho elegância é um sujeito feio destes que precisam ser simpáticos e não sei se nome ou apelido lhe caiu bem elegância que atendia com maestria todos os pés inchados presentes na birosca com ou sem o betinho melhor era não ter dinheiro e dizer com elegância acerto depois com o betinho e com a maior naturalidade ele concordava talvez porque quando chegávamos na biroscaestávamos iluminados pois fechávamos todos os bares da Candangolândia antes de irmos pra lá e como eramos muitos e variados de capoeiristas a vapores e etc sim também tinha o etc sempre travado assunto cabeça sem limites bem perto de Blake ou Jim realmente não era coisa de iniciantes estou falando de bicudo tourão zezinho rizomar rizadinha nêgo zão Paulinho Júlio costa rica Marcelo oliveira angolinha besteira adalberto ostonho breula arnaldo um dia o elival passou lá comigo e ainda tinha whisk às 4h da matina galera falo de uma birosca feita de madeirite atrás do posto guarapari antes do asfalto comíamos de tudo ali dos bichos do zoológico a siri camarão bacalhau que o ido roubava no carrefour momentos brilhantes e tudo com elegância : e aí meu director novo vem falar que só conheço gente importante, sim todos são importantes só não sei se estamos falando dos mesmos dogmas, se ele tivesse um tempo para sair comigo e rodar da cidade livre aos lagos saberia que sou sem fronteiras e respeito todos enquanto me respeitam . Mas, que tem o Elegância com isto?

quinta-feira, 8 de maio de 2008

livre pensar

coisa não podemos mais dizer pois já coisaram o suficiente qualquer coisa então nem pensar suave coisa nenhuma virou secos e molhados a coisa filme uma película fina que cobre vistas inocentes com barulho outro dia coisifiquei em deleite vocês ficaram horrorizados e essa prosa caminhando para o óbvio só espero que não digam que é uma coisa escorregar depois do esforço da subida deixo com Russell prefiro gozar em cada estágio do percurso mesmo no plano abstrato deslizar minha bunda confortavelmente sentada em banco italiano ou mesmo inglês feito pelos ribeiros com o melhor couro é mais fácil que correr risco de lâmina em tobogã deixo esta coisa aqui e acabo de lembrar do Moacir Santos um diamante negro e a coisa anda...

quarta-feira, 7 de maio de 2008

o nome da obra



WAGNER BARJA
AKD-MICO

(1986)

Roland Campos, em seus "Instantâneos da poesia visual brasileira" faz uma leitura de AKD-MICO, que ele considera um poema-rébus perfeito, uma instalação que critica ferinamente o establishment artístico ao colocar, atrás de um vidro, bananas formando as letras AKD e, junto a elas, um mico que as devora e desorganiza, deformando o modelo estabelecido. E Sarja ri do próprio incômodo que cria, ao colocar atrás de outro vidro, um segundo mico, comendo por sua vez as banana-letras POLE, carnavalizando a própria polêmica ao criar esta obranome que filia Barja "à estirpe da poesia visual em que a carga e significados é aportada por meio de um conluio do verbal com o não-verbal. No caso, com acréscimos de ironia". ÁLVARO FALEIROS

A concretude (e a efemeridade) das letras:

A idéia de "comer" idéias nos pertence desde que, no início do século XX, metaforizou-se o costume nativo da antropofagia, à época do descobrimento do novo mundo: comemos gente, comemos culturas, vivemos a fantasia da saída da barbárie (da animal idade) engolindo o que queríamos e o que não queríamos. Reconhecendo a ascendência, tanto dos mestres de 22, como do que ensina a poesia concreta brasileira, dois objetos/poemas visuais DO AKAD-MICO AO POLE-MICO brincam de desfazer tanto a "lei" da produção artística (e de pensamento) quanto a sua contestação. Como promessa e ameaça, o mico (em carne, osso e sentido figurado) se alinha às bananas que formam os dois prefixos, já afirmando a sua efemeridade (seu destino é tão claro quanto o olhar que o mico lança sobre elas). MARÍLIA PANITZ

do AKD-mico ao POLÊ-mico

Roland de Campos*

Entre os trabalhos de Wagner Barja que podem ser classificados como intersemióticos, considero emblemático o "Acadêmico" A K D MICO (1986), publicado na revista Bric-à-brac IV. É um poerT]a­rébus perfeito, em que a charada verbo-visual proposta, com_as bananas moldando as letras A, K e D, e a figura do mico arrematando a seqüência, resulta numa mensagem mordaz dirigida ao "establishment" artístico.

Conforme o dicionário Aurélio, rébus é o "ideograma no estágio em que deixa de significar diretamente o objeto que representa para indicar o fonograma correspondente ao nome desse objeto". E é através desse expediente que Wagner, com sua verve satírica, manda uma banana para os imobilistas culturais de plantão, instados a pagar o mico!

Cumpre notar que a leitura final se dá após uma sucessão vertical de fotogramas que se abrem ao fruidor, ou, num linguajar atualizado: tal qual ocorre no descerrar gradual de uma página da internet. O que confere ao poema um caráter quase cinematográfico, fazendo-nos imaginar possíveis versões dinâmicas dele. Aliás, na exposição em que apresentou pela primeira vez seu trabalho, o autor recorreu a bananas reais e a um símio vivo, que devorou desabridamente suas frutas prediletas!

Esta realização de Barja se filia, seguramente, à estirpe da poesia visual em que a carga de significados é aportada por meio de um conluio do verbal e do não-verbal. No caso, com o acréscimo da ironia.

Deitado Eternamente 1986 WAGNER BARJA

“...Barja não renuncia ao objeto visual solto no espaço, nem tampouco à dimensão lingüística do processo artístico. “OBRANOME”, sem dúvida, anula totalmente as distâncias entre o nome e a obra, como numa fita de Moebius, não há inverso e reverso, mas continuidade. Por exemplo, possivelmente aqui seja pertinente recordar a formulação que realizou Ferreira Gullar nos anos sessenta do não-objeto como presença, imanência, transparência absoluta.

O não objeto, segundo o crítico, renunciava ao nome das coisas, ou seja, a sua opacidade: “só pelas conotações que o nome e o uso estabelecem entre o objeto e o mundo do sujeito pode o objeto ser apreendido e assimilado pelo sujeito. É, pois, o objeto, um ser híbrido, composto de nome e coisa... o não-objeto, pelo contrário, é uno, íntegro, franco. A relação que mantém com o sujeito dispensa intermediário. Ele possui uma significação, também, mas essa significação é imanente a sua própria forma, que é pura significação também, mas essa significação é imanente a sua própria forma, que é pura significação”.(Gullar, 1959). Na minha opinião, o conceito de obranome que propõe Barja participa de todas as características que assinala Ferreira Gullar para a definição dele no objeto:imanência, significadas que se deriva da própria forma, unidade, sem por ele, significativamente, renunciar ao nome.

O conceito de obranome, literalmente é transparente porque incorpora definitivamente o nome à coisa.” MERCEDES REPLIGER

“O artista torna-se criador quando explorador de conceitos, materializados através da construção da imagem, não ilustrativamente, pois aí a imagem fica submissa ao texto, mas exatamente naquele equilíbrio sutil e insubstituível da visualidade, no limite da idéia visual mas sem reduzir-se à ela, em que a palavra surge como instrumento de uma intervenção cultural (v.Manet).” RICARDO BASBAUM, 1985

Vertigem Ana Miguel

Poemobiles 1 Augusto de Campos e Julio Plaza

Exposição

» Resa
» Ana Miguel
» Adolfo Montejo Navas
» Arnaldo Antunes
» Augusto de Campos e Julio Plaza
» Bené Fonteles
» Xico Chaves
» Tetê Catalão
» Roland de Campos
» Pedro Xisto
» Leopoldo Wolf
» Kaq
» Ralph Gehre
» Chico Amaral & Robson Corrêa de Araújo


Robson Corrêa de Araújo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

PRIMEIRA MÃO


meu caro editor hoje não estou nada crônico portanto travo a correção ortográfica diz estar concluída mas desconfio do circunflexo no o ao cronicar o senhor bem que poderia me dar uma mesa perto da janela assim enxergaria o não visto pela cegueira de ver por falar nisto esta noite sonhei com o Veloso foi um sonho destes internacionais com filmes fantásticos aparecendo na cÂmera e até a própria câmera era muito surreal deve ser pelos vinte anos de metropolis vejo que ao começar destravar meu assunto vai ganhando ares de informação televisiva e escapa do objetivo da coluna que me deste e alimento à 50 anos daqui deste cantinho obscuro onde nunca fui bola da vez e não reclamo já que os preferenciais são cada dia mais ralos e repetitivos porém hoje pela primeira vez neste meio século balanço sem ter o que dizer ou pensar vou borboleteando esta folha caso queira me demitir admito estou errado sou mesmo um péssimo funcionário hoje o senhor tem meninos com a metade da minha idade que não fazem feio em nenhuma calçada da fama ENTÃO DEIXO ABERTO A MANCHETE A BOLA CASO VENHA E NÃO TOQUE NOS DEDOS VAI PASSAR DIRETO EIS O MEU PRIMEIRO FURO.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

COMEÇO MAIO

uma madrugada que reclama de rapé me põe a teclar claro no escuro depois de um dia cheio de verde que te quero verde meu jardim botânico não deixa a peteca cair e com pato fu hermeto e gismonti subo russo monte paschoal de dentro do carmo egberto baião malandro o sonho vejo da janela de ouro neste ano zero a dança das cabeças eu palhaço plin mestre mará reza a missa dos escravos correu tanto que sumiu um chorinho pra ele bebê.
Acordei corpo dói melhor escrever que ficar escolhendo posição na cama, foi um lindo dia preta falou depois de um contra relógio sem treino nem clip ficou a 4 segundos da menina a vovó do Artur e ainda teve animo para ganhar as 3últimas partidas de dupla na peteca jogando ao meu lado, é claro? _Pois este CLARO de 100 reais é coisa de rei mesmo, toda hora desconecta( hora não minuto). vou por ritmo na coisa que ta ficando do mesmo jeito de sempre a coisa evento reportagem exposição descansei bem já. olá cria minha que passa por aqui algum problema já estourou no norte?
Ando paragrafando tudo e sei o que quero escrever escrevo um verbo laminado mdf cortado pelo elizeu aquele que só comi bebi e dormi, por isto vou cortar o cabelo e por lentes azuis pois os olhos vermelhos da rapeizi ta cada dia mais crazi, é assim? ou assim: cryzz, ou creize ou louco véi? os caras são doidos de manual na mão.

sábado, 3 de maio de 2008

FI-LO


A idéia espaço tempo nada sobre nada a natureza não dá a mínima para nenhum registro apenas o homem quer controlar sua passagem com quadradinhos pretos nos brancos assim o que vai sendo escrito vai sendo apagado com a mesma velocidade o ato de caminhar iludido com o caminho pensa ter feito trilha arrastando o peso do corpo lá de cima ave caga na sua cabeça ele olha sem poder seguir risco no céu e quando a noite chega com suas luzes apagadas perde-se qualquer rumo e inventa-se historinhas de dormir raia dia o azul no branco algodão doce criando fantasmas no céu asas postiças e mesmo assim vôo raso o papel que dá avião desmancha-se.