sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A estrada é um burro com lente azul




Grampo de chumbo

se todos os homens penetrassem como você este mundo estaria penetrado sem nenhuma pausa pen drive :
Airport Drive - vila localizada no Estado americano de Missouri.
Angus Drive - EP lançado pela cantora canadiana Avril Lavigne.
At the Drive-In - banda estadunidense de post-hardcore.
Cinema drive-in - cinema onde se assiste ao filme dentro do carro.
Drive Shaft - banda musical fictícia mencionada na série de televisão Lost.
Mega Drive - console de jogos de vídeo da SEGA.
Moonlight Drive - canção dos The Doors, lançada no álbum Strange Days.
Mulholland Drive - filme de ficção de 2001 dirigido e produzido por David Lynch.
Ocean Drive - álbum da banda de britânica de soul Lighthouse Family.
Rodeo Drive - quarteirão do bairro de Beverly Hills na cidade de Los Angeles nos Estados Unidos.
Shoal Creek Drive - vila localizada no Estado americano de Missouri.
Shut Up and Drive - canção escrita por Carl Sturken e Evan Rogers para o terceiro álbum de estúdio de Rihanna Good Girl Gone Bad.
Test drive - jogo de computador.
Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Drive" Antes de trocar de Ctrl-c por Ctrl-v, Verifiquei alguns dos sentidos assim como um telefonema de sobrinho com carro quebrado em luziania go que quando tia verfica está nos patos das minas geraes gravaram o que vão levar a minha agenda meu carro velho minhas bicicletas velhas minhas bobagens renovadas levem tudo crianças fiquem à vontade a naomi está na passarela branca e tigrada como nunca podem entrar a casa é nossa.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Rob son: nuclear...

Vou escrever a história da formiguinha que nas costas carrega o peso de fazer sem reconhecimento e buxa de protecção interna de embalagens hi-teces faz até bóia pra linhadas de varas de pescar boiá fria minha frase novamente encubada no branco lugar de dormir não existe nem uma formiguinha são letras digitais imersas no branco digital emitidos por canhão de luz assim frames na velocidade ideal de fixar o cubo isto é uma receita : cubo compacto 4x4m cúbicos (imagem tri-dimensional, dizem que tem o 4d agora) .
Vamos usar a vida na arte?
Vamos.
Então porque não a abstracção virtual ?
Contratem os carinhas dos programinhas junte com os técnicos web-masters e a parafernália foto-digital cine-digital vídeo´digital, que quero dormir.
Mas mudando estamos acá revirando cit-dog vimos o podium subimos demos um rizo apertamos mãos agradecemos por nos institucionalizar-mos carimbo d'água sai na chuva obrigado pela boneca vou levá-la à Iluminuras!

"Glossário para uma futura filosofia da fotografia" VF


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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Outras notas


Quarto ideal

Entre no studium de gravação não técnico mexa em todos os botões sua voz programa um galo por hora quem ouvir ganha mais um bem te vi leve sua cachorra em noite de conhecer caetano a menina pálida na janela perde a pulseira papai encontra ao lado da casa de psicose não ouvimos a louca dedos formões um balanço colectividade a rifada do joão de barro cursos letras figurinhas carimbadas papagaios de estrelas flashs no fio chuvas de verão troquem o meu chip substituam a placa mãe quem estiver buscando uma pausa perde tempo somos todos maquinaria tirou seu papo com a morte já serviu seu deus uma dose pro diabo que que é melhor a novela do globo ou o enlatado norte americano as cantigas das ciências ou as sereias das fabricas literárias se não fosse a chuva se não fosse a bicicleta o abandono não quer me frequentar estico uma cama de palavras num bloco só um bom lugar pra dormir sem apagar palavras hoje o lençol é o branco do papel e a coberta o preto das palavras assim não penso e a zona térmica me deixa ver entre letras meu cubo de palavras branco difusor preto fosco.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Falta Conexão

Vesti-la de anágua de sair
. colocar sua segunda pele
na língua não arranhar ao lamber
. o studium está monótono: lê
um par de técnicas sem saber
. a leica está suja arrume
dos pretos e brancos Wim Wenders
.tão América, o jéca é Mazzarope?
encalhou um barco de repetir: a mosca a canta e vou esfriando na mesa.

domingo, 25 de outubro de 2009

em cadeias

O cara fala rápido e muito e no final diz que escritores não podem falar precisam escrever o livro dele virou peça na Alemanha tem uma ladainha que a entrevistadora fez questão de mostrar ele herdou da vovó fez cinema e ficou puto por demorar muito três anos prum filme ficar pronto é novo e tem vinte livros gosta de escrever pras crianças pois diz que para elas podemos falar tudo ainda acrescentou que o mundo das crianças está cheio de violências há de espanto falou que o nosso papel é fazer vergonha nos desavergonhados que nos governam pois só assim eles nos fazem menos vergonha a moça perguntou como e ele disse que contando as vergonhas que sofremos ele fez usp e acha que em relação ao avô que era carroceiro e o pai que fez um curso técnico ele evoluiu gosta de camus henry Muller graciliano falou rápido escapuliu um ou dois outros citados disse que somos casos de psiquiatria e só podemos escrever pois assim nos melhoramos está na globo agora já foi da folha folhinha : o que será que vou dizer quando sentar lá/ vou falar das minhas preferências/ das minhas gorduras/ das minhas ladainhas/ vou meter o pau no governo/ \ou vou dizer: Você já viu o comercial da Leica com o Wim Wenders, em preto e branco, viu seu olho através do visor, ouviu o mecanismo das aberturas, o clic, e o dedo com as unhas aparadas??? Está no YOU TUBE.

sábado, 24 de outubro de 2009

A noite é pantera


Luizinho vai ao circo


Alongar/inclinar




Diversos: acerte no lixo.

Doação de frascos: amamentação.

Dia de folga: vida ao lado.

O lobisomem e o coronel: superfície.

Sobre quando não se tem nada a dizer: entre um.

Capitão NASA: auto retrato.

Avaliação auditiva do servidor: leia-me.

A câmara que você não vê: eu afecto, eu me afecto.

Pré-sal: desindustrialização do país. conclusão: após corrermos tanto, eles venceram."


Prenúncio: enunciado.
Não jogue fora: eles podem salvar vidas.
Em
matemática os dois pontos são utilizados como símbolo da divisão.
Monte isto direito e me mande pelo correio.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Os céus fecham paredes


Quando deito pra direita: gira.

As pessoas fazendo suas revisões atrasadas com risco de perder o veículo ou parte dele na sala de espera a televisão ligada no enlatado fabuloso misturam desenhos quadrinhos animados por belos atores modelos e manequins meu rapé é censurado pelo otorrino meus cristais caleidoscopicos não estão formando imagens de equilíbrio sou jogado nas maõs da fono de nome estranho que me faz pender pros lados segurado pela cabeça por suas duas mãos provocando tonturas controladas com intenção de reorganizar os cristais que sei não formarão a imagem do equilíbrio satisfatório ...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Você sente aquele frio na barriga quando precisa escrever algo e não consegue?

A funda pode não ser tão Gaza, o calcanhar talvez mercúrio, e as calças klein nunca mais vestiu um pronome demonstrativo, consoante à gramática a zarabatana zuniu outro Z na bunda do sargento gracinha.

Tônico adstringente

Você é ruim
não toma café
o caracará vai te pegar
ele come jiló
vatapá alguém anzol torto
ninguém voa condor:
Paul disse.
gente

o dólar no álbum do planeta
é pedra
vírus
homem, o caminho é tórax alto
ser amável âmbar
de táxi
no mar:
éter& hífen.
A lágrima do mágico no trânsito

uma lâmpada na xícara
óptimo! o último médico
Alcântara!
fanático.

101 sul


A combustão exata

Uma casa de campo sempre tive estudo de campo sempre estive na casa branca do lado direito minha torre negra pode sair vou responder o de sempre a luta é pelo centro meu centro lute pelo seu não me interessa mais as suas tendências ou os seus cios equilibrar a máquina de Da Vinci é melhor espaço e tempo não fatos e fotos estória em vez de história filosofia no lugar de religião arte por imprensa vamos trocando nossos passos bêbados de imagens bêbados de falácias quem volta pra casa e como volta interessa apenas ao pássaro sem gaiola sem anel de identificação mas que de vez em quando comia aqueles fragmentos deixados em cima de uma placa de policarbonato e dois vidros de Brasília suspensos por um girau de angelim falarão sobre isto em seus pios ( Camonismo ) a manchete das noticias populares sangrará o meu verso a recomposição do instituto médico legal salvará as minhas digitais a balística é de um zé o retrato era para a capa preta não me afasto do cotidiano o automático disparo congelou a cena e estantes de secagem de papeis em restauração esperam o bombeiro do farenheight 451 ?

Um punctum pra minha carniça

O amigo Alber me mandou uma foto de um carrinho de compras que deve ter sido esquecido na frente de um carro como se tivesse colidido com este com um corpo dentro tronco nu masculino com cabeça pendida para a direita e um saco de lixo preto e pessoas em volta curiosos urubús em volta da carniça norte americana televisiva mensagem esquecida por um freire qualquer frei de marcelino pão e vinho das vacâncias vaticanais o cara falava da foto do fato e pedia um punctum e um posicionamento pseudo politico em relação ao momento actual do governo barbudo do sem barba dos que fumam do puro dos que fumam baianos : A Câmara Clara foi trocada pelas Palavras, com o amigo Valentim, tem 28 anos, é consultada sempre, assim como a Aula e A Ordem do Discurso. Agora estou nas Variedades paul valéryando pelas iluminuras: arrancando mais frestas pra minha caixa preta.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O hipertexto decifra a receita

Eu tomando Labirin, e um amigo (que não posso revelar o nome pois ele ainda é da geração fé em deus e pé na tábua)me recomenda tomar Baygon, manda tomar a lata toda.
Aí, vou ver, e vejo: "Baygon é a marca que lhe dá o PODER de proteger sua família contra os insetos. Com Baygon, o poder é seu."
Eu não acredito em propaganda de insetos, mas vou tomar, em consideração ao Y, pois se fosse por: ("O maior sonho de Bagon é cruzar os ceús e, por isso, bate sua cabeça dura nas pedras para descontar sua frustração de não poder voar, e pula de pedras e lugares altos com a esperança de poder voar...", ou outros desenhos atuais) eu não tomaria.
Comprei Baygon na rede, e levei: Bay =
inglêsfrancêsportuguês—Detectar idioma—africâneralbanêsalemãoárabebielo-russobúlgarocatalãochinêscoreanocroatadinamarquêseslovacoeslovenoespanholestonianofinlandêsfrancêsgalegogalêsgregohebraicohindiholandêshúngaroindonésioinglêsirlandêsislandêsitalianojaponêsletãolituanomacedônicomalaiomaltêsnorueguêspersapolonêsportuguêsromenorussosérviosuaílesuecotagalotailandêstchecoturcoucranianovietnamitayiddish > portuguêsalemãofrancês—africâneralbanêsalemãoárabebielo-russobúlgarocatalãochinês (simplificado)chinês (tradicional)coreanocroatadinamarquêseslovacoeslovenoespanholestonianofinlandêsfrancêsgalegogalêsgregohebraicohindiholandêshúngaroindonésioinglêsirlandêsislandêsitalianojaponêsletãolituanomacedônicomalaiomaltêsnorueguêspersapolonêsportuguêsromenorussosérviosuaílesuecotagalotailandêstchecoturcoucranianovietnamitayiddish alterar
Dicionário:
substantivo
baía
abertura
cavalo baio
compartimento
latido
enseada
louro
vão
verbo
acuar
ladrar
perseguir latindo
uivar
adjetivo
baio.

E, o Y: _O y tem suas origens no alfabeto fenício onde era representado pelo waw. Ao chegar aos gregos teve a sua forma alterada e recebeu o nome de ipsílon, letra que representava o som da atual letra u. Com a conquista da Grécia pelos romanos no século I a.C., um ipsílon modificado foi incorporado ao alfabeto latino para transcrever o som do mesmo nas palavras de origem grega.
No Brasil, o Formulário Ortográfico de 1943 aboliu a letra Y do alfabeto, substituindo-a pelo i em todos os casos.
O Acordo Ortográfico de 1990 restaurou a letra Y no alfabeto português, sem contudo restaurar o seu uso prévio, que continua restrito às abreviaturas, às palavras com origem estrangeira e seus derivados. No Brasil, o AO-1990 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2009 e findo o período de transição de quatro anos, será a única norma vigente a partir de 1° de janeiro de 2013.
[editar] Tipografia
[editar] Fonética e códigos
Representações alternativas de Y
Alfabeto radiotelefónico
Código Morse
Yankee


Código internacional de sinais
Telégrafo óptico
Dactilologia
Braille
[editar] Significados de Y
O elemento químico Ítrio tem como símbolo o "Y".
É geralmente utilizada na matemática para representar a segunda incógnita.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Y"
Categoria: Alfabeto latino


Quanto ao Gon: Gon
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Esta é uma página de desambiguação, a qual lista artigos associados a um mesmo título.Se uma ligação interna o conduziu até aqui, sugerimos que a corrija para apontá-la diretamente ao artigo adequado.
Gon pode referir-se a:
Gon, símbolo de "grado", unidade de ângulo plano.
Gon Freecs, protagonista de Hunter X Hunter.
Gon, personagem da série "Flash".
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Gon"
Categoria: Desambiguação.


Concluo, então: Com a abertura fenícia, consigo um símbolo de bom grado.

As caixas de plástico dos moto-boys dão uma estante

"Artur, o quê o Rei faz?

Veste roupa que pinica!":

Este é o diálogo entre mãe e filho, ele com 4 anos de idade responde no imperativo: "O rei veste roupa que pinica."(Artur de Araújo Simões).

- Frase de neto tem dono.


"1.
pinica Enviado por Robson (SP) em 17-03-2009.
2 sim, 1 não

Cai fora, sair, correr

Quando um mala ta te enchendo o saco você manda ele PINICAR da sua frente"( Dicionário inform...)
O meu rei pinicou. Agora está nu em Macaé. Eu não lhe dei um club, ele ganhou uma praia... está aprendendo a andar de bicicleta, e voa preso por grandes elásticos no shopping center: vejo pelo you-tube, ele pede; "mais, mais, mais", e o sujeito da geringonça puxa mais ainda a corda. Meu neto parece querer voar, sacudir o mundo...: Dipalha. Palheiros, Fiat Lux!
Variedades: O Leonardo Da Vinci não é um endereço, a bicicleta é o veiculo, a polícia não é o policial, o escritor não é o personagem, a palavra é bárbara, o y é semiótico porque liga a latino-america (y=e) ao globo através de imagens batidas pelas hélices do helicóptero, o azul é adolescente-provinciano, o curtas vai a roça, num projector de caixa de papelão, e o grito interrompido dá as imagens de quem vê deitado na sarjeta com a cabeça na lona do caminhão e outros encostos mais...

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Sem data

Leram sobre o hipertexto, aí embaixo, aqui no punctum?
Continuo, então: depois de todas estas tentativas de humanidades, Deus e o Diabo resolveram marcar uma reunião em campo neutro, nem aqui nem no céu (...e na falta deste dado, o local do crime... prometo investigar... mas por enquanto pensem num refúgio qualquer... serve...) E lá, apenas os dois grandões da parada, começaram seus lamentos de projeto que não deu certo, controle de qualidade mal executado, índices e indexes, a paradinha da administração psicológica, o quanto se divertiram enquanto eram acreditados, dos sustos, das surpresas no final, dos gozos, dos funcionários mais competentes em cada área, o capeta falou do rock, Deus falou de Bach... Bem, mas estavam desgastados, queimados para novas campanhas, e chegaram à conclusão de que o bom mesmo era falar a verdade, trocar confidências, estavam de saco cheio. Foi quando o cão disse: Deus, o que eu gostaria mesmo era de te enrabar, tenho pensado toda esta eternidade: como desejo sua bunda!
Deus nem titubeou: arregalou seus olhos de céu, deu um suspiro (só pra valorizar); e disse num tom justo: serei seu sem nada em troca.
Estão vivendo juntos há cem anos, e depois disto a humanidade começou a mostrar sua cara na redondeza.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Depois que o jacaré foi embora


Para aqueles que ainda não sabem o que faço.

Hipertexto e interdisciplinaridade
Luiz Carlos Neitzel
Maria José Dozza Subtil
Rita de Cassia Guarezi Gomes
HIPERTEXTO
" O hipertexto é um texto com conexões. Não é uma idéia nova. Cada vez que se escreve e se acrescenta referências, notas de rodapé, índice, implica que o leitor não precisa fazer uma leitura linear, Podendo seguir o que mais gosta". (MARTÍNEZ)
"É UM CONJUNTO DE NÓS POR CONEXÕES. OS NÓS PODEM SER PALAVRAS, PÁGINAS, IMAGENS, GRÁFICOS, OU PARTE DE GRÁFICOS, SEQUÊNCIAS SONORAS, DOCUMENTOS COMPLEXOS QUE ELES MESMOS PODEM SER HIPERTEXTOS. NAVEGAR EM UM HIPERTEXTO SIGNIFICA, PORTANTO, DESENHAR UM PERCURSO EM UMA REDE QUE PODE SER TÃO COMPLICADA QUANTO POSSÍVEL. PORQUE CADA NÓ PODE POR SUA VEZ, CONTER UMA REDE INTEIRA." (LÉVY, 1993 p.33)

A HISTÓRIA DO HIPERTEXTO
Hipertexto é um conceito que diz respeito ao nosso modo de ler e escrever.
Exemplo de hipertexto tradicional> anotações de Leonardo Da Vinci.
Idade Média > livros gigantescos, acorrentados nas bibliotecas lidos em voz alta> pesados hipertextos > acréscimo de comentários dos leitores...ilustrações, notas de rodapé notas remissivas a outros textos acumulavam-se.
Aldo Manuccio - editor veneziano > modificação na dobradura, invenção do estreito caractere itálico > livro > fácil de manejar, cotidiano, móvel, disponível para apropriação pessoal.
1945 - Vannevar Bush publica em o clássico ensaio "As We May Think" esboça > MEMEX - antecessor do PC - Preocupação > formas de armazenar, sistematizar e tornar acessível as informações > processos de miniaturização.
1946 - Primeiro computador eletrônico ENIAC (Eletronic Numeric Integrator and Calculator) > 4 toneladas - dependia de cabos e cabos telefônicos.
1965 - Hipertexto termo criado por Ted Nelson - > novo modo de produzir textos permitido pelos avanços tecnológicos sintetizados pela telemática.
Projeto XANADU > imensa rede acessível em tempo real, contendo todos os tesouros literários e científicos do mundo.
Novos processos de registro, transporte e distribuição profetizados por Bush anunciavam o hipertexto.
Década de 50 - Douglas Engelbart (ARC): programas para comunicação e trabalho coletivos (hoje groupwares). Na ARC testados pela 1ª vez: tela com múltiplas janelas, mouse, conexões associativas, grafos dinâmicos, sistemas de ajuda (interfaces).... humanizar a máquina.
Trabalho desses pioneiros permitiu > surgimento do Vale do Silício > da Apple (Steve Jobs e Steve Wosniac 1987 > distribuição gratuita do programa Hypercard ).
Final dos anos 60 - IBM > ruptura software/hardware (anteriormente máquina e programa só podiam ser comprados juntos).
Das linguagens das máquinas às linguagens de alto nível> preocupação com interatividade.
1979 - VisiCalc (Visible Calculator) rompe com linguagem da máquina - predomínio até 3ª geração dos computadores.
4ª geração > paradigma > aproximação do computador ao máximo com a linguagem do dia-a-dia > programas user friendly (amigáveis do usuário) > caminho de maior interatividade.
Década de 80- Primeiro computador a se integrar com a tecnologia de vídeo (plataforma de edição quadro a quadro) foi o Amiga da Commodore > animações em 3-D > sistema permitia multitarefa diferentes funções simultaneamente.
1981 - IBM lança o PC > microtecnologia de 16 bits (paradigma do PC).
1983 - PC-XT (de eXTended).
1984 - lançamento do Apple Macintosh (monocromáticos e sem disco rígido de memória) > grande responsável pelo mundo do ícone e do mouse.
2ª metade da década de 80 > definido o domínio de um novo ambiente gráfico para o PC , inspirado no Macintosh: ambiente WINDOWS > permitia a interação gráfica de inúmeros softwares.
Daí ao infinito..........>
HIPERTEXTO NÃO ELETRÔNICO – ESCRITA
Interface da escrita: o hipertexto modifica a inteface da escrita: página de título, cabeçalhos, numeração, sumário, notas, referências, sua invenção possibilitou o acesso não linear, a não segmentação do saber em módulos, conexões múltiplas a uma infinidade de outros livros (desdobramento, desembaraço).

HIPERTEXTO ELETRÔNICO – INFORMÁTICA
Interface da informática: redobramento, pouquíssima superfície diretamente acessível em um mesmo instante. no entanto a interação amigável recompensam segundo Lévy estes inconvenientes:
Representação figurada
Mouse
Menus
Resolução da tela
CARACTERÍSTICAS

Para Pierre Lévy:
Princípio de metamorfose
A rede hipertextual está em constante construção e renegociação. Ela pode permanecer estável durante um certo tempo, mas esta estabilidade é em si mesma fruto de um trabalho. Sua extensão, sua composição e seu desenho estão permanentemente em jogo para os atores envolvidos, sejam eles humanos, palavras, imagens, traços de imagens ou de contexto, objetos técnicos, componentes destes objetos ,etc.
Princípio de heterogeneidade
Os nós e as conexões de uma rede hipertextual são heterogêneos. Na memória serão encontradas imagens, sons, palavras, diversas sensações, modelos, etc., e as conexões serão lógicas, afetivas, etc. Na comunicação, as mensagens serão multimídias multimodais, analógicas, digitais, etc. O processo sociotécnico colocará em jogo pessoas, grupos, artefatos, forças naturais de todos os tamanhos, com todos os tipos de associações que pudermos imaginar entre estes elementos.
Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas
O hipertexto se organiza em um modo "fractal", ou seja, qualquer nó ou conexão, quando analisado, pode revelar-se como sendo composto por toda uma rede, e assim por diante, indefinidamente, ao longo da escala de graus de precisão. Em algumas circunstâncias críticas há efeitos que podem propagar-se de uma escala a outra: a interpretação de uma vírgula em um texto (elemento de uma microrrede de documentos), caso se trate de um tratado internacional, pode repercutir na vida de milhões de pessoas (na escala da macrorrede social).
Princípio de exterioridade
A rede não possui unidade orgânica, nem motor interno. Seu crescimento e sua diminuição, sua composição e sua recomposição permanente dependem de um exterior indeterminado: adição de novos elementos, conexões com outras redes, excitação de elementos terminais (captadores), etc. Por exemplo, para a rede semântica de uma pessoa escutando um discurso, a dinâmica dos estados de ativação resulta de uma fonte externa de palavras e imagens. Na constituição da rede sociotécnica intervêm o tempo todo elementos novos que não lhe pertenciam no instante anterior: elétrons, micróbios, raios X, macromoléculas, etc.
Princípio de topologia
Nos hipertextos, tudo funciona por proximidade, por vizinhança. Neles, o curso dos acontecimentos é uma questão de topologia, de caminhos. Não há espaço universal homogêneo onde haja forças de ligação e separação, onde as mensagens poderiam circular livremente. Tudo que se desloca deve utilizar-se da rede hipertextual tal como ela se encontra, ou então será obrigado a modificá-la. A rede não está no espaço, ela é o espaço.
Princípio de mobilidade dos centros
A rede não tem centro, ou melhor, possui permanentemente diversos centros que são como pontas luminosas perpetuamente móveis, saltando de um nó a outro, trazendo ao redor de si uma ramificação infinita de pequenas raízes, de rizomas, finas linhas brancas esboçando por um instante um mapa qualquer com detalhes delicados, e depois correndo para desenhar mais à frente outras paisagens do sentido.

Para Alckmar Luiz dos Santos:

Princípio de heterogeneidade
A pluralidade do hipertexto permite a abertura de um "diálogo" entre diferentes textos, com a ajuda de outros mecanismos (imagens, som, citações etc.).

Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas
No hipertexto, a partir de um texto fonte, incorporam-se outros textos, ampliando, assim, a superfície textual.

Princípio de exterioridade
Não há uma seqüência de leitura preestabelecida, cabe ao leitor fazer a escolha, ou melhor, a construção de seu percurso textual de leitura.

Princípio de mobilidade dos centros/ Princípio de exterioridade
Ao leitor hipertextual cabe fazer seu próprio roteiro, objetivando enriquecer a leitura que esteja construindo no momento.

Para Ilana Snyder:

Princípio de metamorfose
Permite (aos leitores) fazer suas próprias conexões, incorporar seus próprios links e produzir seus próprios significados;
O computador mudou a tecnologia da escrita acrescentando flexibilidade à rapidez e eficiência do texto gerado e impresso;
O hipertexto é, de fato, representações transitórias e temporárias dos códigos digitais armazenados na memória do computador. Por isso os textos na tela são virtuais no sentido de que eles são percebidos (compreendidos) para serem diferentes do que eles realmente são. O texto virtual é abstrato, ele é sempre um simulacro no qual não existe instância física;
O texto encontrado no computador existe em uma versão transitória criada pelos escritores; uma versão primária eletrônica dele reside na memória do computador. As diversas versões convergem quando o computador é mandado salvar a versão atual do texto, havendo substituições na memória;
O hipertexto estimula um outro tipo de pensamento: telegráfico, modular, não linear, maleável, cooperativo. Ele estimula uma outra forma de conhecimento. Está mais próximo da forma como nós organizamos nossos pensamentos. (os pensamentos são alteráveis, dinâmicos...);
O hipertexto é um discurso eletrônico mais dinâmico e sua concepção é centrada no processo.

Princípio de heterogeneidade
Acomoda não somente textos impressos mas também som digitalizado, gráficos, animação, vídeo e realidade virtual;
Todo sistema de escrita eletrônica fornece elementos visuais não presentes no trabalho impresso. O mais fundamental é o cursor, a linha ou outro elemento gráfico que o usuário move. O cursor oferece uma imagem móvel da presença do escritor no texto;
O hipertexto requer que o escritor preste atenção na parte não verbal. O uso do hipertexto requer de nós um entendimento maior da leitura de gráficos.

Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas
Uma estrutura composta de blocos de texto conectada por links eletrônicos;
O hipertexto simplifica o followinh up ( seguir de perto) das referências: o campo de interconecções é facilmente atravessado e o linking é instantâneo. No hipertexto, uma nota pode ser tão longo quanto o trabalho: ela pode ser outro trabalho, ou estar linkado a outras notas ou anotações que são elas próprias textos completos. O processo de refer6encia pode continuar indefinitivamente no computador;
A experiência do hipertexto não é só não linear, mas multi-linear ou multi-sequencial. Sua estrutura é fluida e apresenta interatividade ao leitor. Ele é mais que notas automatizadas;
O hipertexto é essencialmente uma network of links entre palavras, idéias e fontes que tem também notas das notas, que explora o que na cultura impressa seria descrita como " digressões" tão longo e complexo como o texto principal;
O hipertexto computadorizado incorpora comentários ao texto de outro escritor, atualizações, revisões, resumos, compilações, interpretações e citações, toda bibliografia referente ao trabalho. A extensão do hipertexto é incognoscível porque falta limites claros e é freqüentemente multi-authored.

Princípio de exterioridade
Construído parcialmente por escritores que criam os links, e parcialmente por leitores que decidem que trilhas seguir;
Quebra da linearidade da produção textual.

Princípio de topologia
O hipertexto conta com um "writing space"(espaço de escrita - termo de Bolter) que nenhuma outro processo de comunicação pode contar. Esse espaço de escrita não é fixo e nem controlado pelo autor. Esse novo espaço inclui a tela do computador e a memória eletrônica onde o texto é armazenado;
A característica mais extraordinária do texto eletrônico é que ele não é diretamente acessível nem ao escritor nem ao leitor, Há muitos níveis de "deferral" que o leitor ou o escritor não conseguem identificar no texto ao todo: ele está na tela, na memória transitória ou no disco?;
O hipertexto não é numerado, suas margens são fluidas.

Princípio de mobilidade dos centros
Dispõe de informações de uma maneira não linear com o computador automatizando o processo de conectar um pedaço de informação a outro;
O hipertexto não precisa ter começo, nem ordem imutável para o estabelecimento das informações, nem fim. Ele pode oferecer múltiplos pontos de entrada e oferece muitas trilhas diferentes, é o leitor quem escolhe quando e onde ele vai.
VANTAGENS

Para Pierre Lévy:
A representação figurada, diagramática, ou icônicas das estruturas de informação e dos comandos (por oposição a representações codificadas ou abstratas);
O uso do "mouse" que permite ao usuário agir sobre o que ocorre na tela de forma intuitiva, sensoriomotora e não através do envio de uma seqüência de caracteres alfanuméricos;
Os "menus" que mostram constantemente ao usuário as operações que ele pode realizar;
A tela gráfica de alta resolução;
A quase instantaneidade da passagem de um nó a outro permite generalizar e utilizar em toda sua extensão o princípio de navegação.
Para Alckmar Luiz dos Santos:
O texto acessado não estará mais isolado, outros caminhos de investigação (estudos, críticas, resenhas, ensaios, teses) feitos neste paradigma estão disponíveis com o objetivo de comparação, complementação e trocas de idéias entre os pesquisadores;
As redes telemáticas possibilitam a manipulação de arquivos sem restrições de distâncias geográficas de nenhuma ordem;
Os textos eletrônicos podem ser transportados em disquetes ou acessados diretamente via rede, o que economiza espaço físico;
A tecnologia necessária para o acesso ao hipertexto está ficando cada vez mais barata;

A relação custo-benefício melhora (textos impressos são muito mais caros);
O uso didático, mais agradável, lúdico e interativo;
Com relação às bibliotecas convencionais, tem-se a vantagem de estar 24 horas aberta, abranger um número maior de leitores que um livro apenas, além de não sofrer com a ação do tempo e/ou manejo quando muito utilizado.

Para Ilana Snyder:
Velocidade e eficiência na produção e no consumo e com custo baixo;
Computadores também buscam do começo ao fim textos rapidamente e os dispõem de formas diferentes;
Writing space = espaço de escrita não fixada e controlada pelo autor (relação interativa entre escritor e leitor);
Os textos na tela são virtuais no sentido que eles são percebidos diferente do que eles realmente são. O texto virtual é abstrato, não pode ser segurado nas mãos. Ele é sempre um simulacro para o qual não existe instância física;
Interatividade entre leitor, escritor e texto;
Dilui os limites entre leitores e escritores;
O texto encontrado na tela existe como uma versão transitória criada pelos escritores;
O texto eletrônico é dinâmico e volátil;
O texto eletrônico é substituído por outro a cada novo salvamento;
Paragrafos que se movem de uma posição a outra, fundindo textos;
Encoraja leitores a moverem-se de um tronco a outro, rápida e não seqüencialmente;
Oferecem aos leitores múltiplas trilhas através do corpo da informação;
A habilidade do programa para inserir novo material (com o cursor) em qualquer parte no texto: facilidade na revisão e produção. Facilidade de escritura e reescritura;
Escritores podem escolher a variedade de fontes e formatos. O aspecto visual do texto pode ser manipulado: page layout e design - colunas, margens, tabs, fontes, cor, tamanho do capítulo. As dimensões gráficas da escrita tornam-se importantes;
A reação dos escritores muda diante do texto eletrônico: afeta a forma como eles pensam e sentem acerca da composição do texto. O escritor pode copiar, comparar e descartar o texto com um toque de uma tecla = flexibilidade;
O escritor se sente mais livre para escrever. Meio flexível para busca (ctrl + l), pesquisa e escrita.
DESVANTAGENS

Para Pierre Lévy:
A interface informática,(...), nos coloca diante de um pacote terrivelmente redobrado, com pouquíssima superfície que seja diretamente acessível em um mesmo instante. A manipulação deve então substituir o sobrevôo.

Para Alckmar Luiz dos Santos:
Lidando com fatores diferentes do habitual como a não-linearidade, a atenção tem de ser redobrada para que o foco da pesquisa não seja deslocado para assuntos diversos que, também, participam do interesse do pesquisador mas não se definem como textos complementares àquela intertextualidade que o leitor hipertextual buscava no início da pesquisa.

Para Ilana Snyder:
Desvantagem: o texto eletrônico depende da tecnologia emergente a qual está ainda sujeita a transformação;
É um meio de informação que existe somente on-line no computador;
É uma tecnologia que envolve mecanização;
A boa utilização do hipertexto passa por um conhecimento da máquina. Por exemplo, existe uma gramática da tela, uma especificidade, características específicas como a cor que indica níveis diferentes de importância textual.

INTERDISCIPLINARIDADE:
"Caracteriza-se pela intensidade das trocas entre especialistas e pelo grau de integração real das disciplinas no interior de um mesmo projeto de pesquisa". (Japiassu apud Fazenda, 1979, p.25)
" ...é uma relação de reciprocidade, de mutualidade, é a substituição de uma concepção fragmentária para unitária do ser humano". (Fazenda, 1979, p.8)
Não requer centro, concentração, todo conhecimento é importante frente ao saber universal.
Entendemos que é um termo de múltiplos significados e interpretações, mas que certamente, traz um novo olhar diante do conhecimento, a busca pela sua totalidade.

HIPERTEXTO/INTERDISCIPLINARIDADE/CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
Segundo Bairon, o hipertexto é interdisciplinar por natureza (BAIRON), no entanto na construção do conhecimento algumas implicações necessitam ser discutidas. O hipertexto pode levar a interdisciplinaridade, ou seja, a busca da totalidade do conhecimento, se tivermos uma proposta pedagógica que oriente esta navegação hipertextual:
Uma nova postura para o trabalho não linear é necessário. É uma tomada de novas atitudes, mudança no ensinar e aprender. Segundo Moran, ensinar e aprender é um processo compartilhado, depende do educador e do educando, assim sendo, exige mudança de postura de ambos;
Segundo Vani Kenski (Palestra no Congresso Educador 97 - S.Paulo)
Para uma outra forma do ensinar e aprender uma nova escola e um novo professor são necessários:
Escola:
Mesa - significando que o espaço escolar deve ser um ambiente que priorize o diálogo;
Memória – partir das referências, da realidade, recupera-se o passado para construir-se o presente e projetar-se o futuro;
Ação – A escola tem quer sair do discurso e partir para a ação. Uma ação não mais individualizada, mas produção coletiva.
Distância – sai do seu invólucro, abre-se para a reflexão, busca diagnosticar onde esta, para onde ir e como traçar este caminho.
Professor:
Autoconsciente, reflexivo, avaliador de suas ações;
Comunicador – necessidade de fazer acontecer a comunicação no contexto escolar, professores e alunos necessitam falar a mesma linguagem;
Aprendiz – busca permanente do conhecimento. Ocupa regularmente papel de educando. A busca do saber é chave para sua atualização e essencial para possibilitar a mediação. Professor sem conhecimento profundo não pode ser um bom mediador.
Aluno: (acrescentamos)
Desacomodado – sujeito ativo, autor, produtor
Autônomo – busca seus conhecimentos
Transformador - crítico frente a realidade
Exigência do aprendiz de muito mais clareza do que quer conhecer, por que quer, que significação tem. A clareza e o valor real do que vai ser pesquisado são primordiais neste processo de busca para não haver dispersão;
Informação não é garantia de conhecimento. (explicar);
A interação é fundamental. Segundo fazenda (1979), a interação é condição para a efetivação da interdisciplinaridade, ela pressupõe ima integração de conhecimentos visando novos questionamentos, novas buscas, enfim a transformação da própria realidade.

METÁFORAS – FORMAS DE ENSINAR E APRENDER
ÁRVORE - TRADICIONAL:
MAPA - HIPERTEXTO (NOVO APRENDER)
RISOMA – REDE
Paralelos - metáforas
árvore - forma tradicional de apropriação do conhecimento
atomização
linearidade
hierarquias
especificidade
desarticulação
metáforas - a árvore do conhecimento da Física, da Química, da Biologia
separação entre os diversos domínios do saber
na floresta as árvores não se comunicam ( apenas as copas se juntam de vez em quando)
cada árvore tem sua especificidade
mapa (hipertexto)
múltiplas entradas
conexões
interrelações parciais ( fecho ou abro um arquivo, não tem fusão, não tem um lugar, uma concentração, um centro)
acentrismo
risoma ( as redes)
( risomas são raízes das samambaias, multiplicidades que se entrelaçam, criam outras estruturas, no entrelaçamento brota uma nova planta (conhecimento) não há definição prévia de onde vai brotar essa nova planta)
ramificação aberta
acentrismo
direção indeterminada
interrelações e interconexões
articulação entre os diferentes níveis do saber
globalização
intercomunicação
Isso cria...
... novas necessidades metodológicas
1. um novo ritmo
- velocidade ( observar o que os jovens vêem na TV por ex. MTV), desafios.
2. um novo tipo de raciocínio
- exploração de novas relações
- exploração de novas possibilidades
3. um novo procedimento
- troca - espaço educativo espaço de diálogo
- reciclagem permanente

Concluindo...
Ensinar e aprender nesta proposta, poderá ser uma revolução, se mudarmos os paradigmas reducionistas, racionalistas, convencionais do ensino. Caso contrário "... conseguiremos dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial". (Moran)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAIRON, Sérgio. Multimídia. São Paulo: Global, 1995.
FILHO, Otávio, PELEGRINO, Egnaldo. História do hipertexto http:/www.facom/ufba.br/hipertexto/história.html
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Tradução Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
_________. O que é virtual? Tradução Paulo Neves. São Paulo: Ed. 34, 1996.
SANTOS, Alckmar Luiz dos. Literatura brasileira. Textos literários em meio eletrônico. http://www.cce.ufsc.br/~alckmar/literatura/projeto.html
SNYDER, Ilana. Hypertext the eletronic labyrinth, New York University Press. New York. 1997.
Trabalhando com música: a linearidade e o hipertexto
Alegria, alegria
(Caetano Veloso - 1968)

História triste de uma praieira
(autor desconhecido)
A música de Caetano Veloso, possui as caracterísiticas do movimento musical Tropicália quer apareceu no final da década de 70 e significou uma simbiose musical entre diferentes tipos de músicas e mesmo de contextos. Não possui a linearidade explícita da anterior, remetendo a inúmeras associações subjetivas ( vide os parênteses) e objetivas ( vide as diversas imagens descritas, sem relação imediata entre si). O próprio tema se revela hipertextual a medida que passa a sensação de um passeio, de uma caminhada... de liberdade, alegria, enfim! Sem o compromisso de um relato linear.
A música-poema acima descrita insere-se no gênero do cancioneiro popular - modinha e possui características lineares: começo/meio/fim. Conta uma história conservando aspectos da oralidade: uma seqüencia em crescendo que leva a um desfecho cujo objetivo é emocionar e manter o ouvinte atento. Cabe ressaltar a linguagem com têrmos em desuso na fala corrente atual: ditosa, alvissareiro...
Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou.
O sol se reparte em crimes,
Espaçonaves, guerrilhas
Em Cardinalles bonitas
Eu vou.
Em caras de presidentes,
Em grandes beijos de amor,
Em dentes, pernas, bandeiras,
Bomba e Brigitte Bardot.
(O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça:
Quem lê tanta notícia?)
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores
Vãos
Eu vou
Por que não? Por que não?
(Ela pensa em casamento
E eu nunca mais fui à escola)
Sem lenço, sem documento
Eu vou,
Eu tomo uma coca-cola
(Ela pensa em casamento)
E uma canção me consola,
Eu vou.
Por entre fotos e nomes,
Sem livros e sem fuzil.
Sem fone, sem telefone
No coração do Brasil
(Ela nem sabe - até pensei
Em cantar na televisão)
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço, sem documento,
Nada no bolso ou nas mãos,
Eu quero seguir vivendo,
Amor.
Eu vou
Por que não? Por que não?
Era o meu lindo jangadeiro
Olhos da cor verde do mar
Também como ele traiçoeiro
Mentiu-me tanto o seu olhar
Ele ficara o dia inteiro
Longe nas águas a pescar
E eu intranqüila o seu veleiro
Lá no horizonte a procurar
Mas quando a tarde escurecia
E o sino punha-se a tocar
A badalar Ave-maria
Via uma vela sobre o mar
Era o meu lindo jangadeiro
No seu veleiro a regressar
E a praia o seu olhar primeiro
Buscava ansioso o meu olhar
Quanto ditosa me sentia
Passava os dias a cantar
A ver se breve escurecia
Hora feliz do seu voltar
Mas há na vida sempre um dia
Dia de um sonho se acabar
E esse me veio em que não via
O seu veleiro regressar
Não voltou mais o seu veleiro
Não mais o vi por sobre o mar
Aquele olhar lindo e traiçoeiro
Não buscou mais o meu olhar
Mas uma tarde alvissareiro
O sino ouvi a repicar
Era o meu lindo jangadeiro
Que ia com outra se casar
Algumas possibilidades de produção a partir das duas canções:
reescrita dos dois textos em outros contextos
representação corporal
desenho, colagem, montagem, painel, etc.
Elaboração:
Luiz Carlos Neitzel
Maria José Dozza Subtil
Rita de Cassia Guarezi Gomes
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Sugestões/Contato:Luiz Carlos Neitzel

Última atualização: 10/12/01 21:42:13