sexta-feira, 30 de abril de 2010

Estes olhos mostram outro rastejar cobra um sapo por dia sem amarrar sua boca o retrato vai derreter na língua sem contactos com os dentes é o corpo e o sangue do poeta santo atleta brincando de bater bafo com as figurinhas do poder a carimbada na mão vale tudo ou nada quem virar leva o monte todo não será o elogio da loucura nem o livre arbítrio tão pouco a utopia talvez a dúvida já tenha se decidido pelas raízes do brasil por grandes serões: veredas sermões das memórias póstumas do brás cubas nas lavouras arcaicas destes planaltos centrais cerrados de fogo nas vistas televisivas de uma arquitetura de imensidão nua.
Do lado de dentro as treliças controlam a luz linhas naturais fios eléctricos troncos retalhos de sombras descrições hipertextuais faixas de códigos de barras repartição divide salas das vozes do silêncio ou de uma doutrina secreta amarrada com ramalhetes russos esotéricos traços verticais do passado presente futuro concreto armado pela mão escrava dos bóias frias sem canas de açúcar de outras palavras consultoras burocráticas técnicas de encomenda não se interessam por mijadas longas sem interrupções jactos de fazer ferver formigueiros de saúvas do sítio do pica pau amarelo onde o jeca tatu tem botinas de gomas de mascar fogo o sabugo limpa o rabo da pipa que voa rio abaixo

" Você tem fome de quê?"

Se a literatura fosse como o corpo humano, e precisasse de todos os nutrientes que este precisa, a mesma quantidade de gordura, líquidos, soluções eletrolíticas, vitaminas, carboidratos, açucares...etc...
Lhe daríamos a quantidade certa de cada item nutritivo?

Existe alguém que só comeu o que precisava comer, na hora certa, a quantidade certa?
A vida é desequilíbrio!
Andamos por desequilibrarmos... Quem se alimenta só de contos, pode ser um péssimo contador. Só de sonetos, pode ter pesadelos. De poesia, dar asia... e a doença crÔnica do dia à dia faz perder noites...
O técnico encontra fragilidade no texto que vai ganhar o Nobel
O médico vê o sopro no coração do maratonista
...
A cadeira não serve apenas para sentar.
A natação tem asma.
...
Quem comparar o texto com seus microfones, tenha cuidado com o volume dos auto-falantes.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Esta escada parece que é só de descer...

A imagem técnica longe do discurso quer ter um caso com a imagem primitiva, a tese disse para a antítese: porque você não sintetiza? O aparelho, depois de ver a caixa preta com uma fresta deixando vazar o discurso, está querendo pontuar a fresta, mas esta tão independente: aumenta o seu rasgo de rir. Os vinte e quatro quadros congelados uniram-se num movimento de enganar os olhos. No começo era o ver, depois veio o verbo, agora: visto!
Se aceleramos o nosso olhar cinematográfico em busca das legendas, o analfabeto do verbo que ia ,ou ainda vai ao cinema legendado, não lhe falta, nem alfa, nem beta, das imagens técnicas, por passar mais tempo olhando as imagens, tem ele uma ligação maior com o jogo das cenas. Isto, se não fosse tão óbvio o cinema comercial, que parece mesmo ser feito para analfabetos...

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ela precisa de um coração super novo

Vou contratar um artista local para fazer uma intervenção urbana nos jardins do poder, limpar a fuligem do vulcão da politicagem, e fazer novamente o livro pulsar, num transplante à la Barnard: onde as linhas do Arquitecto poderão novamente respirar, distante da Caixa Preta...

Não adianta pintar o meio fio, nem remendar o asfalto...meu olho desce mais.

Eles sabem sujar a arquitetura dos outros com suas inteligências policiais. Inclinam o plano piloto de acordo com seus pequenos voos. Entortam as margens com seus carros-chefes. Colocam cercas nos olhos dos visitantes. Dramatizam a visitação com som de cones velhos auto-falantes. O mato cresce. O céu deixa de ser azul.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Se "ligare", volto "legere"!


O tolo me disse que usa os favores da lei com os amigos, e os rigores para os inimigos. Respondi, que eu: uso apenas a lei. Aquilo que liga.

E, aquilo que significa, tanto para os amigos, quanto para os inimigos.

Eu preciso saber as leis do xadrez.

Eu sei que não tem ninguém do outro lado do tabuleiro.

Se ganho, ou perco a partida, a precipitação foi minha.

Mas, o tolo não sabe da representação gráfica ( da vida) nas 64 casas...

Aquilo que se lê, pode ser a má interpretação da lei, o significado errado, um lance fraco...

Ops!: mas, se liga e lê; pode estar ligado a leitura errada...

Representar a vida com transparência, entre luz, e sombra: é o papel do xadrez.

Os movimentos verticais, horizontais, diagonais e sutis ("em L"): são movimentos de qualquer curso de vida.

Quando uma linguagem rompe as fronteiras das regras locais, e comunica aos homens regras universais: lambe multversos.

E ainda deu tempo de plantar...

Ela não é o sol do Neruda, mas nasceu aqui em casa. Se parti o verso: foi para ver o doce.
O redondo do som me mandou partir.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Azul e verde

Estas persianas controlam a entrada do sol da Pérsia, deixam na sombra os consultores dez anos congelados no ar condicionado, ácaros são testemunhas de barba, no julgamento da destituição dos funcionários públicos concursados: aquele que não fez concurso, mas foi eleito pela maioria, vai reduzir os que conseguiram sair da merda por esforço próprio à condição de bodes expiatórios. O longo discurso permitirá a inversão dos valores, falta um dedo de Rei na História. Curso sem margens...

O golfinho escuta

Longe do frenesi global
O mar murmura
Partículas sem sal

domingo, 25 de abril de 2010

Desconte na conta do conto

Era uma vez
Mesmo que já contaram
Até porque sempre perdem a conta
E a vez de quem era também erra
Uma ou quantas tanto faz
Um dia chegará a vez do era
Aí sim ninguém mais dirá
Era uma vez

Marque os bois

Era uma vez
Dois
Sem o três

Gauche

Estranhooestrangeirocompeloruivosairpeloralodochuveiropeladopuxandopalavrasparasoldá-lascomestanho.

Clic, você aposta?

Sem clichê
Não bato
Proust não gosta

Domínio da gabuada

Sinuca de bico
Porco da dama
Xeque do louco

Cobra sem pele

A nua em mim
Imagina serpente
Mente um sim

Sem costuras

A minha saia
Veste um corpo
De bailarina

É sem rodas de deter

Evocação do escrever
E vem o diabolo
É a separação por um fio

Urinando

Um básculo trás a lua
até o meu vitrô:
em forma de ampulheta.

Vaso, sem floreio

A voz metálica
Soa ao cego
O ar sem boca

Na voz da "Mena" ( Minha avó Filomena)

Me derramar
Na página
Me desarmar

sábado, 24 de abril de 2010

Ao arquiinimigo


Vou organizar os sinais para permitir a acção social, esta energia indicará outra ideologia, um movimento para os fatos, a linguagem está sendo processada com toda a força possível, consciente do valor dimensiono os fatos, sem falsidades, a objectividade é a meta para um estado ser capturado fora de qualquer arquibancada, a condição imaterial de desenvolvimento, contexto que cria a situação engendrando o individuo no pensamento, verifique o acontecimento na pira!

Num fim de semana qualquer:

wiki nua
sua interface
com o cu pra rua

sexta-feira, 23 de abril de 2010

As orações ajoelhadas descem os degraus

Olha a feia de graça!
Se embrulhar eu levo!
Quem quer comprar um vício?
Quer trocar por uma igreja?
Junte suas merdas e risque um fósforo.
Um ponto final espera um ônibus de vírgulas.
As luas que já foram escritas apagariam todas as estrelas...
O clube dos escritores derrotou o clube dos leitores...

Antes do meu tempo cair :


As palavras querem conflito
Negaciam qualquer espreita
O verbo dança no tabuleiro :
Rei preto na casa branca ....
Este peão toma en passant
Xadrez é pretexto inacabado
Índia da dama abre a porta...
A cama de gato dá um verso

Deixa eu sujar o seu telhado?



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Antes do verbo vinha a imagem primitiva, até ser atropelada pela imagem técnica ...

As palavras ditas neste espaço de tempo, pertencem ao túnel do sub-solo, se luz estoura é por longa exposição, que permite ao atirador apertar o gatilho, e ainda se deslocar para o alvo, caracterizando assim o fantasma que vem sendo ruído no corrimão da esteira, ele está careca de saber que 22 de abertura com asa 100 por 30"de velocidade não mata...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Parabéns madame!









terça-feira, 20 de abril de 2010

50 haiku's pra você: aí vai, abaixo:

Brasília não é nada
Sem esquinas transparentes
Brazza põe fogo na câmara

Os Irmãos Campos foram desmatados

Sem extensões do corpo
Não me queixo da vida
Ser moderno com puta dor

Entre ondas sonoras

Leia na fala
O pensamento calado
Ele diz mais do que ouves

Se Oriente

A Liberdade
É um bairro
De olhos puxados

Construa sua casa

Aquele que tem
Conhecimento faz
Paredes de vento

No início era o ver

A traição da palavra
Enforcou um verbo
Voa gralha, voa

O grilo falante

Quem sabe falar
Do que não sabe
Escreve vão calar

Cala cinema

Mente o poder
Bala de menta
Tente revolver

A notícia mata

O rosto sem movimento
A cara do psicopata
Face ao menor acontecimento

Carreguem minhas armas

Nenhuma luta é nobre
A ação do formigueiro
O pensamento pobre

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Em Brasília os Móveis são Coloniais de Acaju

A Legião Urbana
Quer Plebe Rude:
Liga Tripa!

domingo, 18 de abril de 2010

A idade não madura

Ninguém sabe tarde
A língua lambe a manhã
Sempre tem uma última dose

sábado, 17 de abril de 2010

-Vai buscar a força!

O medo só
Fere
Quem não aprendeu

Diamante perde massa na lapidação

As fraquezas dos golpes da mão
Estão mil pés acima da superfície
Do mar adentro

O jogo tem alma

O centro ganho
É ataque e defesa
No espaço e tempo

A fuga depois da espreita

Nesta folha seca
Os nervos são flexíveis
Tentáculos jogando tinta

Borboletas fecundam flores

A rosa
Sem querer
É negra

A lua no cio quer sol

Só lhes dão à sós
Solidão é grande para um só
Sozinho vou ao sol

Isto não é nem um Rubens

A guerra me deixa em paz
Aviões são afundados nas nuvens
Sai da minha luta rapaz

O salto tem ponta

O fardo do conforto
Não veste farda
Desfila de salto alto

Este Planeta chorou

Folha escreve seca
O clima está no Diário
Correio envia chuva

Quadrinhos em revista

O agente secreto do sonho
Defende a vida limpa e justa
De cair em pesadelo

Olimpíadas do verso

O sonho é um atleta
Treinando escondido
Para a liberdade que não virá

Com açucar

O arco numa mão
A corda na outra
Flecha invisível no alvo

A vida é pra escorregar

Chegar ao objecto é instantâneo
Partir demora chegar
A volta é reta que parece círculo

Atitude cidadã

Clic em velocidade
Não demora
Aparecer a cidade

Logística

A ferida do golpe
É propaganda
De época torpe

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Fotografia sombria

Escanear os olhos
Da sua sombra
E publicar

À luz de velas

A sombra lenta
Leia bruxo
Bruxuleia

Um cão na sala

Uma casa no lago
Uma mão na arma
Uma dama ao lado

Deitado eternamente

O sereno cai
No panteão da pátria
O mendigo treme de rir

À 50 anos por hora!

Asa sul & Asa norte
O tempo voa
Pelo Eixo Monumental

Com velocidade

A vida fugas
Não permite conhecer
O que vem atrás

Para que lado?

Tudo é como penso
Faça sua objecção
Continuo penso

Procuram por outro

Não cheguei aonde estou
Me enxergaram
Onde nunca fui

Faça você mesmo

Quem pensa
Fala baixo, ou alto
Você não escuta

A parábola

Sei que ensino
Quando me toca
O sino do esquecimento

De fora

Escolher entre o sim e o não
É não poder
Andar no meio

Lembrando a fala

O que sei: calo
Há dúvida:
Aprendo

Sumário

A vaidade
Nutre o outro
E consome-te

Ferra mais este!

O vício do Eu
Não depende
De Prometeu

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Os outros já sabem dos Seus?

Só com os seus Eus
Sobreviverás
Longe dos Seus

Piscinas transparentes

Nada no pensamento
Bóia
Só o fragmento

Azar é carta marcada?

Para a morte
Perder a vida
Faltou sorte

Filósofo do mote

Não há justiça
Nem no conceito
A vida mata

Margens para o rio

Guias do passar
Estão nas universidades
Ou em qualquer lugar?

Passarinho não pousa

Um simples galho
Da árvore genealógica
Cria um monstro

Folha popular

Doente de fatos
Internado na mídia
Crônicas de dados

Aquarelando

O verde bandeira
Não me inspira cuidado
Sempre pintam outra

Quer ver?

No olho
Toda a vida
Discurso

Reversos


O poeta tem que rir mar!

Solarizar a lua!

Queimar sem fogo!

Voar sem pena!

Estranhar o normal!

O poeta mente a verdade!

Revela com químico próprio!

Ri de si, num gaguejar constante...

...enquanto:

Portas com aeromoças.

Postos com aeroviários.

Câmeras sem cinema.

Tiros sem alvo.

As falas dos outros.

Os cursos dos moços.

Palavras da hora.

Ponteiros do jogo.

As vias são leitos do mesmo rio.

Os leitos querem margens.

Notas falsas fecham portas.

Motes frágeis abrem postos.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

-Whippet!


A vida é crime e castigo, e muito mais que vigiar e punir, ela não pode ser apenas senhor e servo. Onde ponho o meu Nariz? O capote que dou no outro não vale O Retrato. As Almas Mortas estão sendo catalogadas por alguém? Não existe nem um crime, ou castigo: apenas quem entra no jogo precisa gostar de assumir um dos papeis... nunca fomos mais longe que caça e presa: em todas as circunstâncias; agora mesmo caço uma presa para ser comida aqui neste tecido, fora disto ( se é que é fora) o jogo, o lúdico... Enquanto vamos aproveitando qualquer buraco para servir de moldura, as outras composições que ainda não foram feitas esperam na sala sem aparelhos de controle. O SKYLAB caiu aonde? Modelos de livros, formatos de filmes, clichês fotográficos: invadem os nossos dias e noites, a novela dita o comportamento, se não somos actores é por pura hipocrisia, medo que desconfiem que estamos apenas representando um viver qualquer, dentro da normalidade pedida.

Parece que não vou encontrar a caça vale a caçada o caminho sem rumo as imagens que tacteio não me levam a uma cadeira reconhecida o coronel Sintra franze mais ainda sua boca rô-rô enquanto espera pela marcação do ensaio da sua aula show imitando grosseiramente o outro da USP mais uma bienal sobre controle...


terça-feira, 13 de abril de 2010

Multverso2


A teoria do bolha é baseada na teoria do universo bolha onde novos universos brotam dos antigos no caso do bolha novos bolhas brotam dos antigos bolhas como aqui sempre ficou a escola de um bolha novos bolhas sempre brotarão na verdade me parece que bolhas tem uma pré disposição para boiar vieram aos universos com este fim ser bolha vocês podem pensar no canudo enfiado na bolha de sabão é uma das imagens palpáveis big bangs também cabe existe sempre um ponto negro por onde escapam nossas merdas que antes eram sabores ou saberes os físicos dizem cada universo sucede ao anterior e a função onda da física quântica chega a brilhante conclusão de que cada evento não- determinístico divide o mundo em dois ramos depois da descoberta da dualidade provavelmente esta é a maior e assim como não resolvemos a vida e deixamos para depois da morte também não resolvemos o nosso universo e vamos em busca de universos além dos anos luzes possíveis à nossa navegação é como ter tudo aqui na rede ao alcance de um só dedo e usarmos a rede para jogarmos paciência ou twiutar orkutar e outros passa-tempos da moda e a teoria da inflação caótica propõe um multverso aberto salvando todas as ficções cientificas podemos então saltar para um universo paralelo especulativo um multverso DC e finalmente chegarmos ao multverso comics...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Tupi x Guarani ( grande clássico carioca)


Amanda castigou o Rio
Um baquara disse
Cari não aprende
Damacuri não quer saber disto
Eçaí quer ver
Eu goitacá vou ser
Iandê sabe o que falo?
Jacamim manda uma estrela guia
Karioka desmorona!
Lauré voou
Balança o maracá no despacho
Falo nhe dos de antes
Oca não cai
Homem branco fez puca pra si
Quecé não corta
Rezem pra Rudá
Sawi pulou de galho em galho
O Rio tiba
Ubá agora é carro
Vapixana vai ajudar
Pularam do morro que nem uma wa'riwa
Xuatê picou
Faz yamí

domingo, 11 de abril de 2010

Arranjo para a caixa preta


A voz vela a aliteração, o meu filme, levo-o ao GB na 508 sul(antes do desmonte), fora do passado: vamos içar as velas. Pede-se aos senhores o gosto por içá. Içá que outra coisa não é senão a nossa tanajura. -Nem tudo que roça é foice!

Vamos omitir as conjunções copulativas: quem tem voz não vela, quem tem vela não sopra, quem com formiga anda não come tanajura.

A içá foi para a farofa, O içar foi para a vela, a voz pro espaço, e a caixa preta que ainda não tinha entrado na história, foi para o museu.

Desculpe o circunlóquio, mas estamos trabalhando por uma directoria participativa: com a participação dos amigos do director, é claro! O clímax da gradação ascendente pede um banco de dados onde quem senta tem a conta mais alta, o terno mais bem cortado, os cursos mais engajados...

Toma mais, para quem quer, toma mais: um samurai sem arroz não cola nem a pipa que quer soltar!

Eco economildo eco câmara ecco espaço cultural eco (figura de linguagem)... na galeria, quatro ou cinco convidados...

Epístrofe: o gato mia, o cão mia, o dono mia; o miado nem é mais notado!

Câmara, câmara, chamará: remendo, remendo, arremedo...

Um ou outro sabe do que estou falando, do fado, do fardo, da farda, da farpa.

Gratificações, quem quer o que ultrapassa a ordem da oração: implora!

Idiotismo pensar que é idiota o vício de linguagem, viciar: ça va?

Tomo ação em vez de noção, a nação nunca fez parte da minha narrativa, outra transnominação.

Deu fim no neto, paranomásia ter!

Quando com as lentes eu quis aumentar, não usei a grande angular, a tele-objetiva não me deixa ver com os olhos, perco o pleonasmo literário?

Vou repetir o conjunto, o conjunto é um repetido voo, quem vai repetir o conjunto da escola dos barnabés?

O acontecimento narrado é um futuro inesperado para os novos personagens ainda não caracterizados: a prolepse fita rebobina a película na moviola...

Todos nesta repartição somos estrangeiros.

O olho aponta o lápis lâmina, o alvo é o corte!

Vou no banheiro solecismo.

Ela gosta de polícia; eu, de zeugma!

Esta pigmentação é o resultado do acasalamento entre cães e lobos, o que gera lobos mais escuros: e só é considerado zoomorfização por não se tratar de cães, nem de lobos.


sábado, 10 de abril de 2010

O sinal da caixa preta


Todas as figuras são de linguagens: caso encontrem as paredes do multverso, o que terá do outro lado?
A alegoria quer encontrar sua caverna escura, seu estômago sem discurso, suas metamorfoses amorosas!
A ambiguidade me dá licença através das imagens informais que saem da caixa preta, o lanho da placa de som, a chamada dos plenários: pec, pec , pec...
O cabo da boa esperança arrebentou no Rio.
A arte do conflito trás harmonia à verborragia imagética.
O Rei Lagarto está com o Antonomásia engasgado no pescoço.
Ó meu querido Santo António, vai ser santo em outro antro!
Cacófaton são os cacos de sons roubados dos discursos microfonicos da alma minha.
Uma fresta na caixa preta é uma catacrese.
A comparação, entre a caixa preta, e a caverna de platão, não inverte as imagens no fundo.
Brincar de ficar durinho para sempre, é disfemismo, que não interessa ao feminismo!
Ok, o barbarismo não foi criado pela Bárbara.
Deixei este mundo, sem morrer, e fui "ouvir estrelas",em outras longitudes lactantes...
Inseri na lâmina branca, a cegueira das palavras: a folha que não caiu do galho, me serviu de papel.
O mar que abracei era apenas um braço: a ilha e o continente envergonharam-se!
A ironia até aqui, há ironia depois daqui, e o meio é irônico desde a retórica...
A metáfora é uma meta sem alvo.
Os meus cabelos brancos não escrevem velhices!
Me leio sem ler minhas obras: são muito fendidas.
Aí dei um grito de lugar, em tempo de dar um ai !
Sou livre das prisões alheias ao meu ser.
A pedra sempre quis esta língua. A pedra sempre quis estilingue. Pedra quer fisga.
Serei a carne para o seu churrasco sarcástico.
A áspera mão do tempo pede rugas cinestésicas... o cinema me dá pipocas...a literatura me apalpa...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Trema hyphen!


Administrador-partidário
Administrador-tendencioso
Administrador-pescador
Administrador-caçador
Administrador-sindicalista
Administrador-lojista
Administrador-senhor
Administrador-cantor
Administrador-artista
Administrador-batista
Administrador-doidão
Administrador-pavão
Administrador-autista
Administrador-vanguardista
Administrador-provinciano
Administrador-cinqüentenário

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Aceita uma pitada de Rapé?


A Bizé saiu pra pedalar com o japonês do beto e eu vou escrever o que me contaram ontem e antes de ontem vamos ao texto: Agora Foucault!

Eles de Deleuze...

Você Sartre? Nós bem que poderíamos Guatari. Liga o Benjamin! Querem Derrida?

Lacraram o Lacan. Um dia voltam a Saussure... Caem: Strauss!

Adorno com imagens de consumo de algumas das estrelas de...

Abro uma fresta na caixa preta: - Flusser!

E espirro Nietzsche, sem as vossas intenções sonoras.

Antes de outra narigada Estrutura lista.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Apenas um ponto espera o passageiro

Quem não sabe ler mete o dedo
A digital escreve ponto.
A chuva não consegue lavar o rio
Quem não sabe escrever déda
A digital marca a toca da sessão
A chuva não esfrega o ladrão
Quem sabe ter enfia o dedo na instituição
A arma do bobão é dedo no cão
A arma da instituição sempre mata impune
Quem não tem coxia deixa cair o mote
"A", fora do círculo, nunca foi entendido
A moça foi pega com o dedo no cinema
Quem era o lanterninha?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Teoria Ingênua


Li na venta dele: o barnabé é vaselina.
Dela no rasgo vi: a instituição é um fardo.
Ri da graça alheia: o laço pega andorinha.
Ti não ri pra si mona mi: a peça não tem correcção.
Bi campeão lituano: o aparelho é condicionado.
Pintou Cavalcanti Di: a massa alimenta o rico.
Mi é uma nota gato: o bode expia o oratório
Um símbolo é Pi: a letra manda gíria.
Aí tem algo mole: o caderno é vira-folha.
Sem acento dói como ai: os dois pontos divide a frase.
Si é uma nota fria: o sinal de divisão tem função bijectiva.
A cigarra gaga faz zi: a cardinalidade mede seu conjunto.

Treze párabolas não fecham um círculo


A opinião pública é a bobagem maior.
Hoje todos entendem de terra.
Dizem não entender o que escrevo.
Todos querem ser atendentes pra ganhar horas extras.
Todos querem ser guardas pra passarem por policiais.
Ninguém quer fazer História da Arte para não falar besteira.
As atendentes dão pito nos guardinhas na frente dos visitantes.
Desliguem a televisão que a feia vai passar.
Não abra a persiana que o presidente não quer sol.
Manda o resto dos visitantes ir às compras.
O "Guarda Costas" do senador senta no mármore branco.
Veículos descaracterizados não atravessam a fronteira sf-cd.
O substantivo feminino singular não descaracteriza a loja de departamentos.

domingo, 4 de abril de 2010

sábado, 3 de abril de 2010

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Ping Pong Pinpon pin pon Pingo popi pop po pi pino ong ing in on no ponpon


O desastre tem que ser mostrado hi-tech porque se não entendem como favela.
O contexto tem que ser amarrado academicamente se não o mico não come a banana. O tecido tem que ser esticado na cama de praia se não não fazem a campanha. O traje espacial laranja veste os que não estão perdidos nos espaços. O auto-falante ligado ao RCA cabe dentro da caixa preta com tarja cinza vidros de WWBrasília nas asas "não voam nem se pode flutuar". O Admirável Gato Morto não quer espetos de bambu. A discurse ira que vai sair da caixa não ilumina as imagens. O sê mi-círculo das vozes limpam o para-brisa da nave sem morder a calda. O dono da voz não convida ninguém para dirigir sua levada até o fim da BR INFINITA.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Retornamos com tranquilidade


O branco explodiu na minha volta de olhos do pensamento em busca do que escrever escreva o punctum da panela de feijoada plenarium a cuia pra riba a cuba para baixo vai entornar não permite mais o barnabé entrar por baixo ele dá a volta solta os espaços agradece por quem não leu e estica rumo a bandeira dizendo ao homem o bicho leva quem percebeu toda a substância do porco a receita de escravidão subserviência cabeça baixa querendo comer o dono sonha sonho de porcaria e dá peidos enormes da cor verde amarela azul encardindo o branco.