sábado, 10 de abril de 2010

O sinal da caixa preta


Todas as figuras são de linguagens: caso encontrem as paredes do multverso, o que terá do outro lado?
A alegoria quer encontrar sua caverna escura, seu estômago sem discurso, suas metamorfoses amorosas!
A ambiguidade me dá licença através das imagens informais que saem da caixa preta, o lanho da placa de som, a chamada dos plenários: pec, pec , pec...
O cabo da boa esperança arrebentou no Rio.
A arte do conflito trás harmonia à verborragia imagética.
O Rei Lagarto está com o Antonomásia engasgado no pescoço.
Ó meu querido Santo António, vai ser santo em outro antro!
Cacófaton são os cacos de sons roubados dos discursos microfonicos da alma minha.
Uma fresta na caixa preta é uma catacrese.
A comparação, entre a caixa preta, e a caverna de platão, não inverte as imagens no fundo.
Brincar de ficar durinho para sempre, é disfemismo, que não interessa ao feminismo!
Ok, o barbarismo não foi criado pela Bárbara.
Deixei este mundo, sem morrer, e fui "ouvir estrelas",em outras longitudes lactantes...
Inseri na lâmina branca, a cegueira das palavras: a folha que não caiu do galho, me serviu de papel.
O mar que abracei era apenas um braço: a ilha e o continente envergonharam-se!
A ironia até aqui, há ironia depois daqui, e o meio é irônico desde a retórica...
A metáfora é uma meta sem alvo.
Os meus cabelos brancos não escrevem velhices!
Me leio sem ler minhas obras: são muito fendidas.
Aí dei um grito de lugar, em tempo de dar um ai !
Sou livre das prisões alheias ao meu ser.
A pedra sempre quis esta língua. A pedra sempre quis estilingue. Pedra quer fisga.
Serei a carne para o seu churrasco sarcástico.
A áspera mão do tempo pede rugas cinestésicas... o cinema me dá pipocas...a literatura me apalpa...

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