quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Acrescente a lasanha literária

O tempo sempre parado, e os homens marcando passo, a eternidade está fora de qualquer marcação. O infinito ao alcance dos olhos, brinca de profundidade, a vida são quadros que poucos ainda colocam nas paredes, são vozes ditas muito antes dos deuses. As palavras, estes códigos do jogo, são ponteiros de relógios invisíveis insistindo em marcar o tempo.
Um bonde vestido de tons de cinza, tem escrito em branco: o número 16 no alto, e ao lado uma grande campainha, e o destino; DEN HAAG, centrum. Com apenas um farol, embaixo deste: 1006 preto. Está estacionado num galpão, provavelmente a garagem para a manutenção, não vou embarcar, pois ele me serve de proteção de tela.
As nossas reflexões antes de qualquer ação, seriam ainda desejos de mudança, para longe de qualquer língua?
Não sei se alimento o cão ou o lobo.
O gelo e a quietude me afasta dos sons, posso dissecar o cadáver tranquilo, o desenho é de Da Vinci, mas a invenção é creditada a outro, não do bonde, mas da bicicleta.

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