terça-feira, 20 de maio de 2008

"...o meu destino é caminhar assim..."

muito pouco tempo depois estavamos olhando a estrada e ainda avistamos na última curva ao alcance da vista o rabo de peixe azul com suas grandes lanternas vermelhas para não derrapar, joguei no chão a beata entrei no carro e enquanto dava a partida vi a lagrima escorrendo no rosto dela avó sem neto, voltamos em silêncio para casa, entramos fechamos a porta e fomos dormir.
agora penso nela indo com nosso neto para são josé dos campos sem fazer contacto de chegada deixando sua mãe preocupada. muito antes do galo cantar a porteira estava aberta. pouco depois da lua nascer já estava frio. sem lobo sem fronteira o uivo é da minha cadela. minto tanto escrevo nada nunca quis ser escritor ou artista.
madre nossa mãe foi pai quando pai se foi vó minha criou-me netinho eterno com rosário de contas de lágrimas da beira do rio tiêtê. ponto. de ônibus. chapéu na cabeça.
mistura fina minister roliudi continental consul e outros amarrados em treliça cortina nos meus olhos de criança e os tius atrelados com água fervendo e pauladas separando o acasalamento. a cadela está no sofá com as orelhas em pé chora por não ir ter com os pedreiros.

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