domingo, 10 de março de 2013

Veja como meus traços são sem vergonhas

Está faltando página de rosto nesta edição sua cara de diagramação queria um cólofon para não maltratar o cão de não em não acaba deixando algo de sim escreva apagando sem estragar o papel quando correr faça uma parábola sem que o atirador perceba zig balance zag livro de vidro papel poroso é bom para peles macias colocarem suas redes fechadas ar vazando através do texto e do livro de capa dura furadinha amigo meu me disse devaneios respondi solitário ele falou também em Cuiabá quero ir pra lá alugar um pouco de calor e chuva mas está tão longe que a Noruega não vai se existe alguma coisa viva em mim são meus devaneios já que para formalidades sociais cada dia fico mais patético aquilo que você tanto odiava em mim minha mania de desfilar verbetes esta acabou mas se solicitada vira aula de sábado ensolarado com direito a andar e rir parar refletir e ganhar o nirvana da sobriedade pronto para enlouquecer antes do esperado ou diante do inesperado quando menos se espera bem explicadinho aquele que se move sabendo da inércia não sabe mais onde colocou seu movimento num mundo onde tanto faz falar qualquer coisa como entregar a chave do silêncio qual tipo foi escolhido quer um mais encorpado ou algo mais esfumado?
Aquele que escreve para se lembrar deve ser diferente daquele que escreve para ser lembrado.
Exercitei tanto a insignificância que travou em: como me deixam ficar?
Aquele meu discurso de que um dia os homens não precisariam mais do comércio virou máquina de fazer dinheiro.
As pernas aperfeiçoaram o pedal!
Os braços remaram piscinas daqui em Portugal!
O tapete de estrada que passou debaixo das minhas solas é maior do que aquele que passou debaixo dos pneus dos seus carros ônibus avião trem pensamento ou qualquer outra repetição deslumbrante.     
   

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