sexta-feira, 1 de julho de 2011

Meu desenho é primitivo?


Saída noturna depois do pedal. Você acha que só tem a mídia. Banho no escuro frio. A luz foi. Tenho cara de pequinês? Meto lã veludo Diadora sem meia sem relógio. Saio. Vou ao Gilberto Salomão. Velhos. Sempre só procurei por eles. Cuidado que os pontos faltam. Cade o ponto? Faltou. Tive que dizer, me embrulhou o estômago. Analógico também é legal. Né? Quem vai revelar pra mim? Compro outro laboratório? Ou o mesmo, que ainda está com Alexandre, O Grande. ? . Já se sujou de químico? Estas fotos-intervenções caindo nos últimos post`s foram também, reveladas por mim. Quando digo não gosto da técnica não me digo leigo na técnica, é como se eu dissesse me dêem apenas o principio. Se você é fotografo, compreende-se que saiba escrever com a luz, sua escrita vai ser lida se rabisco ou erudita, e assim como tem rabiscos mágicos também eruditas mal ditas. Quando a bunda está de veludo rês guarda. Pé Diadora, testo tendão, eu não posso perder o x dá? Fumavam narguilé como merla: monossilábicos. Comiam Tristes Sub-Way`s. Fiquei olhando as lentes. Uma armação incolor me interessou. Não estava procurando conhecidos. Minha tia detestava vovó dizer: uma conhecida minha. Os tipos da cidade São meus conhecidos. Quando conheci o Altino Caixeta : "PORQUE VIM

Não vim para cantar. Se cheguei tarde

não vim para cantar.

Cheguei tarde porque deixei na estrada sem lua

a minha boca torturada sem rumo e sem canção.

Não vim para dizer. Se cheguei tarde

não vim para dizer.

Cheguei tarde porque tudo está falado.

Não vim para chorar.

Porque a lágrima ficou estúpida

na pálpebra doirada.

Também não vim para sorrir.

Porque o sorriso ficou nos beiços dos carneirinhos

que minha mãe me deu nos currais de meu pai.

Também não vim para sofrer.

Inútil indagar porque cheguei.

Eu vim, apenas, para ser chegado. "ACC.
Na rua. Falando com a rua. Sei falar com a rua, e deixo que a rua fale por mim, ela sabe meu endereço. Nunca troquei a rua por um bom livro. Quando volto e vou ler nos livros...são novos endereços de novas ruas. Tenho mais tempo de rua que de literatura? Se você considerar a narrativa semiótica. Não. Rua & Páginas. Rua é página. RP. Robson & Paulo. Desde o saco de Paulo. Nunca me faltou um Paulo. Paulo Ciclista. Paulo Irmão. Paulo Cunhado. Paulo Corredor. Rua7. Ali aprendi tudo sobre rua, que não foi a primeira, mas um segmento na perpendicular. A rua 7 não era nem Chácara das Três Meninas, nem Jardim Helena, não era Trotil (primeira morada), tão pouco era Caiçara éramos uma rua com uma imensa área verde separando-nos paralelamente da Av. Dr. José Artur da Nova. Com direito a campo matagal pedras meninos e meninas : uma mistura de metrópoles e interior. Periferia de São Miguel Paulista 400m do Tietê. do outro lado o Bairro dos Pimentas parecia o morro do corcovado só que no lugar do Cristo, Pólvora & Nitroglicerina. Você tem este cartão postal?

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

De-tenção das palavras

a rua é palavra
a palavra é rua
pólavro o chiado
das ruas que dizem
muito mais que a literatura
:
escrever nas ruas de forma
viva
escrever nas ruas de forma
potencial:]
vida vida vida
rua rua rua
a literatura não serve
para nos parir:
o indubitável nem sempre rima
com o descarrilhar
do signo
o significante faz onda
nas pedras do conto
farei a prosa dizer
alhures...