quinta-feira, 28 de julho de 2011

Deixo escorrer no tronco com casca, outros elementais...

Daqui até ao final do texto apenas uma frase irá comandar o espetáculo é normal uma criança falar diferente dos adultos da casa e quando as crianças se reúnem surge outra coletividade fora da coletividade dos adultos que quando crescem formam outra geração não teria graça se fosse diferente você pensou em clone réplica cópia eu penso que neste tronco tem todos os elementos da paisagem olha que eu apenas passei esmalte de unhas junto com o neto é que já que não faço as unhas e quero falar pintando assim como gostava de ver minha tia pintando as unhas enquanto
conversava comigo cada gota que escorria era meu sangue aproveitado para as suas garras precisas as vezes canto as letras das nossas músicas entrando seu estojo de napa laranja deve ter a minha idade sou capaz de reproduzí-lo à distância de modas de distâncias no seu formato triangular com os cantos curvos com espátulas para cada etapa do trato das unhas um dia pedi pra pintar ela me estendeu as garras e vi o quanto de poder e curvas estavam pra mim sujar ali bem abaixo dos meus olhos a concentração não evitou o escorrido escorreu na carne branca ela xingou arregalei os olhos para ver se apanharia tive depois a chance muitos anos depois  de pintar sem escorrer sem barulho e ser agradecido fazer as unhas da Diva era uma das minhas atividades periódicas até hoje quando vou à Minas sento para ver como está a sua habilidade com as unhas seu estojo não anda lá muito bem das amarras mas ainda guarda os instrumentos de deixar as extremidades apresentáveis em qualquer público ela consegue ver televisão fazer crochê e conversar fumando sem estragar as unhas tentáculos espalhados em todas as direções elegantes tentáculos quando estamos prontos para o diálogo e dedos de onça quando a caçada é outra você pode levar cinzas nos olhos ou fogo o que preferir sua coleção da espiã nua que abalou Paris GM e da filha dela BM foi formada depois de abandonar a literatura depois de freqüentar os artistas aí ela narrava cada uma das aventuras que depois eu ia conferir nos livrinhos toda semana um durante a semana nas idas nas casas das outras eu lia suas fotonovelas enquanto ouvia elas falarem de toda a grande família e de seus amigos dos amigos dos amigos e transeuntes conhecidos e et c com os moleques na rua lia os gibis o Monteiro Lobato seguro por aquela mão magra longa e branca com unhas impecáveis descia como outra saída para outros lugares as narrativas eram mais que vocábulos enciclopédicos quando o dicionário chegou nós já estávamos procurando por aquilo que não constava palavras suficientes para contar uma História destas de Historiadores      

 

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

ir além sempre!