sexta-feira, 24 de maio de 2013

O buraco de agulha deixa sair o sangue


Minha capacidade de apertar o botão e ficar o resto dos trinta segundos na frente da lente pergunta como me coloco mesmo no ambiente minha amiga Suíça sou realmente melhor que sua amiga que usa o corpo no seu espaço aqui sabe dentro da cabaça do berimbau calculo a pinhole ou se tem uma aranha alemã na tese do outro não posso levar um rabo-de-arraia mas uma meia lua de compasso Mestre Rizomar me mostrou no palanque montado na quadra de esportes da Candangolândia ou talvez não seja nada disto pois já aqui não sabem ainda nem distinguir uma imagem pornográfica de um Nú- Artístico aqui na minha língua quando escrevo no oráculo Fotografia Contemporânea aparece imagens de todas as latadas possíveis menos o buscado já quando escrevo na sua língua estão lá as imagens de tudo exposto por todos os lados a partir do primeiro item até eu cansar de olhar sempre busquei em todas as línguas a oralidade é uma tradição familiar que agreguei à escrita ver me faz equacionar com todos os outros sabores meu encontro com estrangeiros sempre foram mais interessantes apesar da língua e como você sabe num país que sempre lutamos mais para sobreviver do que lutamos para impor nosso pensamento onde tudo ainda é tão bárbaro a oralidade é um perigo constante falar e ouvir aqui muitas vêzes aqui não significa mais que estou tentando te convencer goste das minhas palavras elas são as melhores para esta ocasião ou um grito de eis a Beleza Pura & Nua um discurso vazio como outro qualquer a Natureza Morta que não saboreamos ou todos aqueles que ilustraram nossas misérias e eu vou me colocando no espaço como o Fantasma Português.        

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