quarta-feira, 1 de junho de 2011

Não consulto métodos

fiz as sobrancelhas passei o barbeador retirei cortaram em par de lâminas arrastadas por mim minhas mãos uma no cabo outra puxando o coro depois de passar sabão molhado com a direita a esquerda apoiava na cuba branca com bordas de granito preto do espirito santo comprado de um mineiro do guará com nome importado o apoio foi necessário pois retirei umas pintas solares de brasília não amarela mas bem pop art viu como ficou bom as silhuetas dançando nos quadros consegue ver a escada aquilo por trás de mim é estante de vinil e troféus a maioria de noventa e cinco por cento são troféus dela minha mulher nossos escombros do caminho não desenhamos um perfil nem bolamos uma biografia apenas ouvimos movimentamos falamos cuspimos vomitamos cagamos peidamos respiramos a mesma merda que vocês conhecemos muitas peles muitos rastros tentamos entender o gênio e o bandido não somos bons nem nisto sabemos e estamos de plantão permanente entre os homens e os cães por pura idiotice chamada também por vocês de compromisso esta palavra é relativa missão outra antiga de outras sagas mas que não pertence a este ambiente sem retoques uma ladainha desnecessária de apresentação dentro do burburinho sem sobrancelhas posso encenar melhor o mito do cachorro doido ou seria cavalo ou seria entre sol e aço: O sangue sol, branco corte.

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Evandro Affonso Fereira ficou em terceiro lugar no Prêmio São Paulo de Literatura deste ano com
“Minha Mãe se Matou sem Dizer Adeus"

O trem aí:

http://bloggeracaoeditorial.com/2011/06/01/anunciados-os-finalistas-do-premio-sao-paulo-de-literatura/