quarta-feira, 15 de junho de 2011

_Nem todas possuem cus de rato silvestre!

Esta rolinha caldo de feijão só posou depois que a alma de gato foi embora e disse só uma chapa moço o rabo dela é um jacaré-castor ela tem um urso numa asa e o braço do capitão gancho na outra com uma mão manda um paz e amor com a outra tridente rosa tamborila sim está meio encurujada uma profundidade de campo é fundo ave rosa com verde marrom está limpando os olhos do jacastor com uma declaração de rendas vejam por baixo do rabo outra narrativa mais interessante outra espreita? alguém está se picando por baixo da rola e os cinco iluminados por um poste tem por cima gente que já estão mais altos mais ligados mais ação quatro narizes de teto revelam lábio pálido e boca noite seu olhar tem uma desconfiança calculada e a cabeça pesa uma idéia seu bico quer abrir uma carta de passagem seu gancho procura o tesouro o jacatesoura você percebe algo oriental neste quadro? se até uma columbina percebe o flagrante...
no fim do cu dela tem um ratinho silvestre comedor de mel... é boY galhos que se picam e viram postes coelhos iluminadores de cenários do Teatro Nô.
Flores que querem beijar.
Pegar insetos.
Terno marrom.


Um comentário:

Cássio Amaral disse...

I

passarinho passa
o tempo
que faz pirraça.

II

rola moça
um quê de querer
na beleza da mosca.

III

rolinha que pousa
galhos que dizem música
nas asas do tempo.

IV

rola que enrola
no galho
que desenrola.

V
rolinha faceira
diz pouso certo
feito feiticeira.

Cássio Amaral.
15/06/2011.