segunda-feira, 13 de junho de 2011

A POESIA NÃO MORREU PORQUE NUNCA ESTEVE VIVA, É UM PARTO DE RAINHA, SEM COITO AINDA, QUEM VAI MANDAR A RAINHA?

Alma de gato na moringa já tinha visto assim céu frio esta árvore é da índia o bico do verbete causa engano já seus olhos cílios sobrancelhas fazem gatinho pra vocês tão juntos as gotas de folhas e a pintura de flores dá uma salada quanto aos galhos camuflam minha alma de gato sem separações nominais por hífens risquinhos sugestões porque um amigo meu comerciante dos bons me disse ainda ontem a tarde que a poesia acabou não se encontra no mercado fiquei tão concordante que fui até seu inferno pessoal montei no cavalo mas antes dos depósitos poéticos encontramos uma televisão ligada entre o diálogo e o texto onde dizíamos vamos parar de brincar de concordar com aquilo que sabemos não ser verdade afinal isto é produto raro daqueles que mesmo quando tem ruas e prateleiras de programas de poesia mesmo assim ela não está presente produto raro este assim como o diamante que de útil mesmo só corta e suas proporções de brilhos dizem encanta faz pássaro triste cantar nossas utilidades também são poemas das predileções prédios de preferências POIS QUANDO DIZ ESTÁ MORTO, AINDA NÃO MORREU : MORTO NÃO FALA.
Mas, por falar nisto que seja que ela nossa puta tão mal reconhecida Madame POESIA da silva never nunca de pitibiriba esteve VIVA até quando claro vocês vão falar o clichê do tempo grego platão tendo cuidado de Não mostrá-la toda nua no meio do povo e outras ORIENTAIS maneiras de bebe-la SEI! MAS: Só que quando ela se apresenta no salão escolhe um e olha lá quando nenhum e não pelo mal culto coletivo da forma ali imitada do estilo do mundo do corte da costura aquela abobrinha que está sendo batida ali não mata a sua gula por carne vinho sangue descendo descendo por falta de céu mata fechada rios e mares ar principalmente falta ar quando todos querem falar ao mesmo tempo o mesmo pensamento em recinto fechado performance eu em rosa nem atua na alta-performance do romance experimental a vontade de dizer sei lá o quê: é possível, que não venda, que não tenha, que não gostem, mas afinal o que vendem do que gostam os comerciantes de dinheiro? Ora bolas dinheiro é Poesia da silva luta ingrata para provar todo o esforço pela incompetência do papel em dar além do texto de valor.
O Valor, também acabou?

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Poesia luta inválida
com todas as palavras
As pessoas são Pessoa
"Lutar com palavras
é a luta mais vã"
Como disse o mestre Drummond
O tiroteio de metáforas
na Tarifa de Embarque
de Wally Salomão
O lance de Dados
de Mallarmé jamais abolirá
o velho sonho
A loucura de Leminski
na faísca do haikai
Bashô zen sensei que diz
Luz além da luz nas costas
da caverna
O crime perfeito na dilaceração
do ser rompendo o grito
do inominável onde a ressaca
são flores azuis vomitadas de deuses satíricos.