sexta-feira, 26 de abril de 2013

_O do sabor, 2!

Aparecem uns que somem outros que nem nos lembramos mais como apareceram ficam tem aqueles que despejam qualquer coisa dos outros e outros que se escondem em outras ciladas lá em casa desde que me entendo por gente tudo era discutido sem muitas amarras ( a casa do Maestro Diomar Simão Vieira) quando chegaram os festivais mesmo crianças justificávamos nossas preferências comparando com isto e aquilo todos os elementos de um grande romance sempre fizeram parte da minha vida acho mesmo que nunca separei esta das dos livros da voz das imagens a diferença pode até ser sentida no instante mas depois só conversa lembranças repetições acho até que o livro é mais verdadeiro pois foi o que me prendeu mais tempo estive mais com os livros que no serviço estive mais com eles do que com as pessoas e não me imaginem só lendo livros que não foi assim li de tudo mas estar me entregar por completo sem nenhum medo de ser descoberto foram mais com os livros ali nem um botão desligava nem um aplicativo enlouquecia nem uma bateria acabava e mesmo quando não tinha energia elétrica liguei velas e outros fogos e li na penumbra melhor ainda quando fui procurar emprego pra casar já sabia o quê era o emprego sabia que aquilo era só mais uma formalidade que eu precisava cumprir para que me deixassem quieto lendo num canto eu nunca servi para nada mesmo o outro ainda se gaba de servir para a poesia nem para isto sirvo vim apenas cumprindo determinadas regras morrendo de medo da realidade das instituições e seus mandos todos os mandos tão nojentos quanto meu mando neste meu mandato de enquadramento pessoal quando você envelhece com o sei ídolo e percebe todos os erros de pontaria de munição de alvo de arma de guerra de competição de tempo de espaço restam os quietos e calados livros que se alguém deixar você vai poder sentar num canto e tentar de novo sair...  

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