terça-feira, 31 de março de 2020

Muitas coisas continuam nos mesmos lugares...

Que murche então.
Depois de murcha ainda brincávamos por muito tempo.
Cuidado pra não furar não representava quase nada, a brincadeira segue.
Com aquilo que tínhamos, com o que temos.
Depois de brincarmos de tudo o dia inteiro, apanhávamos, íamos pro banheiro, televisão depois do chuveiro até fechar os canais, aí sonho fugindo...
Especulávamos mais que pandemia no galinheiro.
Loucos por novas imagens.
O choro e a dor cortavam o barato por um instante.
Vovó, posso brincar com os meninos da dona Edite?
Deslumbrados com papel-carbono.
Encantados com fogo no céu.
Desviados de qualquer propósito mais sério.
Vou lá no baixinho e compro todo este dinheiro de bolinhas...
Constrangedor o lando metendo no poste vestido.
Corre Paulinho que vovó te guarda aqui!
Alguém imaginaria que o marrom me emprestaria sua maquina de escrever pro teste da dom vital?
Catando milho no quintal da madrinha...
Se a imprensa dissesse apenas o necessário salvaríamos mais vidas.
Como ela sempre foi desnecessária...
A Peste Negra Ou Um Copo De Cólera Não Foram Tão Divulgados, ainda fazem sucesso?
O terror hoje é qualquer contacto com a superfície, imagina a profundidade!


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