sábado, 12 de outubro de 2013

Quando você for caminhar onde não tem acostamento melhor não ir dois à dois no paralelo...


Leia no asfalto.
Meu caminho da roça.
Aquelas duas acertaram o passo?
Olha o quanto tem ferrugem no poste!
De tanto o cara subir pra pregar cartaz?
O primeiro de cabeça baixa vai tropeçar?
Vai me dizer que você queria ser aquele que levou o violão?
Já pulei desta mureta no córrego.
Se o museu é meu nada melhor que o meu funcionário padrão com sua cara de paisagem?
Com o paletó marrom de serviço e de saída!
A gravata escorrendo tinta política
pelo chão de vidro colorido cabeça de vento chapéu de bambolê enraiado o cão aos seus pés as vísceras de cera de fora coração aberto pronto pra voar sem sair do lugar.
Ocupando qualquer espaço.   

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