terça-feira, 29 de outubro de 2013

Aos biógrafos & biografados: até um cego andou na minha bicicleta, e o Vinícius viu!

Meu Padrinho Pedro Cotote escrevia diamante negro cabisbaixo ele vinha da banca de jogo da esquina muitos pensamentos desordenados na sua cabeça ele dava uma arriada ali em casa sentado na mesma posição que eu e o Paulo víamos muitos anos depois ele gordo suando debaixo de um terno completo aquele pensamento fixo de ganhar ou encontrar um diamante negro ainda me contento com o chocolate o afilhado do jogador Pedro Cotote um homem que sabia portar seu Smith & Wesson 32 cabo de madrepérola uma vez veio mesmo o diamante negro vários pequenos que ele comprou em Minas depois de ganhar na loteria federal junto com um Gordini que foi a deixa pro Pedrinho cantar a bola: "Pedro Cotote vai falir, comprou um Gordini!".
Pouco depois nós crianças vimos ele mais um grupo passar empurrando a criança e confirmamos: o Pedrinho sabia.
O Pedrinho também era um jogador com a diferença de saber jogar muito e perder muito assim como também se divertir muito junto aos seus resolver problemas dos outros e outras mil habilidades talvez um jogador que não sabia que estava jogando o melhor que já esteve ao meu lado pegou na minha mão e me mostrou o alvo me ensinou jogar damas fazer varetas redondas me ensinou a colocar a cruz dentro da garrafa com todas as ferramentas necessárias ao sacrifício: meu pai emprestado, só tive pais emprestados, e uma doação imensa de mães-tias-ávos...           

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