quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O mesmo sol da Nitro Química, aqui no JBB

Vou escrever, escrevo, disse eu aos amigos, ao partir rumo ao desconhecido. Até então só ela sabia. Fiz uma demonstração na mesa do bar.
É inocente o meu começo.
Principalmente por não gostar de gramática.
Estrago a vida com a minha arte, ou tento reparar aquilo que me deram?
Uma primeira vez mostrei a minha tentativa de destruir a palavra não.
Porque não, era limitar qualquer outra possibilidade.
Meus outros jogos eram instalados assim que me ensinavam...
Como se eu não reconhecesse o poder.
O invisível convidando para sair.
Mas, sempre com um visível de segurança.
Pronto para me deixar em casa, assim que o material para o experimento estivesse registrado.
A literatura permite a entrada de loucos, mas não reconhece uma carteirada de senhor ninguém, estes serão identificados, e postos nos seus poleiros de destino, aqueles com menos mandos circularão à vontade!
A mágica que a arte faz não está na carteira de identidade.
O esforço do tradutor de conversas é maior?
O poeta tenta traduzir imagens!
Na primeira imagem estou deitado no vermelhão forrado de jornal com vovô Diomar conversando com minha mãe Terezinha, minha avó Filomena... Eu brinco com folhas de jornais.
Quem era aquele que estava sendo construído?
Jornal de domingo.
Nada de muito nobre se arrastar no chão de cimento vermelho sobre folhas de jornal!
Posso partir daí, ou de um clarão de suposto fogo posto por mamãe, enquanto passava roupa.
Da fotografia em frente a pirâmide de latas de leite Ninho.
De todos os consultórios de todos os médicos que freqüentei na primeira infância.
E depois.
Sempre.
Menos, quando descubro o esporte.
Endurance?
... 
  





     

Nenhum comentário: