segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Tem nota que cala

Eu e meu cão estamos congelados.
Enrolei meu cachecol no pescoço dele.
Borzoi preto.
Eu de Nietzsche com Valéry. 
Fomos visitar Thoreau na beira do Walden.
Estou dizendo ao cão que vamos esperar a vida nos bosques.
Mas, estamos frios.
Sei mais de lá.
Si.
Dó de dizer as sete cores.
Fui feito pra lá.
Sol!
Presente!
Fazer escala não é comigo.
Você já foi lá fora?
Pra ficar?
O verso é minha companheira de cama.
Pintei.
descolori.
fotografei.
Dei nome aos bois.
A paisagem dos meus olhos.
Posso fazer paisagens por mil reis.
Somalia.
De helicóptero.
Noruega.
De bic.
Walden.
De esmalte & nankin.
O submarino voa no bico de um albatroz.
Isto não está no quadro.
O helicóptero virou mosca, e mergulhou no lago de azulejos.
Sem quebrar o bico, trouxe um peixe cor de rosa.
A relação com as imagens sobe qualquer montanha.
Se o meu ritmo soubesse da minha intensidade me dava uma harmonia de presente.
Acorde.
O ar bate nas paredes do instrumento!
Quantas oitavas no timbre?
A clave de fá parece triste?




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