segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A criança vira o seu fantasma

Os relacionamentos estão cada dia mais caros.
A mímica que faço deixa o meu macaco aparecer.
Cachorro, sim, sou cachorro sim!
O elefante que ela segura é de porcelana?
Onde é que nós vamos fazer de conta agora?
Quando pago o de conta fica por trás das paredes.
Aquele jogo de que o outro está ajudando mais, perco.
Primeiro tentam na maciota, depois metem a mão mesmo.
Não consigo ser tudo, critico a outra metade.
Minha letra deixa pular.
Minha arcada está torta, ou minha língua está crescendo. 
A conivência nos relacionamentos pode ser o princípio da mentira.
É de ficar doido, mas não pode enlouquecer.
Toda uma recordação de nada.
Placas, monumentos, museus, piras...
A grande bolha faz seu arco-íris antes de explodir...
Melhor que ir pra índia tentar nirvana.
Todos os clichês sociais, da mesma gosma.
Ou os clichês da mesma província.





   



Um comentário:

Lígia Tôrres disse...

"É de ficar doido, mas não pode enlouquecer".