quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sonho de estrada brasileira azul com faixas brancas na mata verde está amadurecendo

Me move mais que água caindo é pra rodar quarenta por hora é um bom ritmo pro meu coração sem vento úmido ameno vamos suar depois melancia e bate papo nada de cartão postal compras só de víveres leitura clássica rumo ao desconhecido ninguém vazou pro mato por causa das câmeras vi um médico na tv ontem com olhos gananciosos-arregalados ao lado de um rei do futebol numa exposição de objetos do jogo estou vendo a hora em que os olhos dele caem no chão exaustos parecem apenas gritar reeleição reeleição reeleição fixos querendo ver quem está vendo olhos-de-boi? Deixa só o asfalto liso preto com faixas amarelas no meio da mata manutenção mais barata educação de solidão na infância enquanto os adultos conversavam mato rua campo brincar conversem sou treinado em saídas sem destinos historiadores que não resolvem nem suas próprias histórias querem me enquadrar nos seus esquadros pulo a moldura e escapo da faixa amarela é só não levar lixo que não precisa de lixeiras.      

Nenhum comentário: