sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Faço fotografo e escrevo


Falou um monte aí minha luz de garagem latada um bambolê lã e bola de tênis usada segura por gancho de três pontas de plástico reciclado na travessa de metalão coberta por sombrite preto lugar do guaco e o tamanco de princesa subirem filtro da janela da cozinha que dá para a rua.
  Aqui ela balança para sair do quadro entorta a linha de baixo recebe um beijo verde da linha da direita enquanto a de cima espia viu como ela é sensual sabe receber a bola sugerindo ser de golfe apesar do feltro amarelo e a linha de borracha cáqui o sombrite deu um céu  de aquarela. 
Esta vertical visão que tive da cadeia de São Paulo enquanto passava com meu irmão de carro olhando para cima vejo pedaços de corpos num varal dependurados nas frestas das janelas dizem que jogam balinhas para eles enquanto o cachorro branco vê o guarda tomar banho de balde outro lambe por trás.
  Neste minha luz arromba o telhado...





...e abre o dia.

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