terça-feira, 31 de março de 2009

na falta de você, vai ocê mesmo!

eu preciso contar uma estória para uma linda criança bem educada só não sei como começar elas não importam parecem perceber nossa melhor intenção e aprendem também a tirar do nada imagens inesquecíveis quando na tentativa de uma analogia com seus dedinhos erguidos frisam com toda a convicção como se dissessem é história a nossa estória ou já aprendi a mentir também vovô e narram com seus elementos a ação do estímulo mais usado até então morte ao dragão a serpente ao bicho papão assim como rodar peão empinar papagaio soltar balão e o politicamente hoje incorreto matar passarinhos esticam suas borrachas e enxergam através da fresta da forquilha o alvo inocente mosca náusea repetição imposta por nosso imperador bio-psico-social então conto: um dia o vovô quando era pequeno como você viu uma tartaruguinha no quintal e foi brincar com a tartaruguinha e ela escondeu a cabeça dentro do seu casco o seu vovô então esperou um pouco na sombra até que a tartaruguinha colocasse de novo a cabecinha para fora e quando a tartaruguinha pois novamente a cabecinha de fora o seu vovô pequenininho falou bem baixinho dona tartaruguinha eu quero conversar com a senhora e a tartaruguinha falou os homens não me ensinaram a conversar ainda por isto quando se aproximam escondo minha cabecinha pois os homens quando não entendem aquilo que falamos ou jogam pedras ou dizem ser aquilo que não somos o seu vovozinho então depois disto nunca mais se aproximou muito das tartaruguinhas deixando elas com suas cabecinhas de fora pastando por aí. e o neto diz: agora é minha vez: quando eu era grande como você vovô...

Um comentário:

Bizé disse...

lindo...