terça-feira, 31 de agosto de 2010

A terra tem ferreiro


Não escreverei ao coronel, ligarei a tripa de palha ao galpão abandonado, onde a melhor luz respira o pé direito, e o quintal com suas marcas de quem muito serviu, a bigorna quer novas mãos, bem que eu poderia voltar a bicicleta restaurada, deixar o galpão desabar é um desejo de querer fotografar o pó, cheirar rapé com o Tio Osório, ontem tentei escrever, mas ainda estava escrevendo: Ósorio: sou rio neto sobrinho torto me movimentar no familiar da lavoura arcaica na Pindorama do outro, sem uma vírgula a dar de presente, e sempre saboreando os melhores pratos, com a língua, com os ouvidos, com os olhos não dando descanso ao obturador, aquele quadro onde você faz duas picaretas, uma pra mim outra pro Paulo, para furar-mos as valas do esgoto do Lagamar: é um dos meus punctuns, a picada na medida da veia, furei três metros recebi quatro, mamãe me ajudou e os outros, Gilvan, o primo especial...preciso suspender...não tem importância, você disse no nosso último encontro... todos comemos e bebemos da sua última arte, a sua família é bela em todos os sentidos!

sábado, 28 de agosto de 2010

Quando a brasa do guantalameja tentou mostrar meu rosto...


Escreve que me viu no Pontão com Bizé e Mister Wilson ateste para os seus devidos fins que me fotografou no trabalho com o controle automático principal de toda e qualquer portaria meus secretários da limpeza minhas transeuntes amizades as vozes bem sucedidas dos vizinhos o meu falar de ocasião e esta escrita auto colante adesivo das minhas lesões nunca rótulos não carimbo nem bandeiras partidárias apenas o menino brincando com o que dá pra brincar se esquivando de pequenos mandos soprando a pena de volta para a cabeça do padre eu conheço ele não é o do ciclismo não é o do cachorro não é o da prosa não é o da poesia não é o do óbvio não é o da corrida não é o da filosofia não é o da fotografia não é o do desenho não é o da crônica não é o do objeto não é o da instalação não é o da periferia não é o do solar ele é da Bizé amigo de Wilson amigo de Paulo amigo de todos os lados aponta os defeitos tece elogios ri chora de rir não entende desentende nada histórico nada filosofico nada artístico ele não é nada e tem medo de quem é.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Focar espinhos de barrigudas...


Papiro, onde está meu filtro infra- vermelho, nossas varas de pescar luzes, adivinha a deixa polegar, o acaso não me pertence, nossos corpos leiam os movimentos, seduzir, quem quiser um pouco de. antes dos pontos temos estados, sou alemão aqui mesmo, meus dois pontos escapam mais que veredas, Diadorim sempre esteve presente com a papo-amarelo, as suas convenções nunca me disseram respeito, suas formas de enganar, seus currículos de passagens, uma organização do pensamento não me basta, limpar os parabólicos, escrevo as suas derrapadas sem nenhum freio, elegante homem das cavernas todos os odores com um corte fashion!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Ganhei do professor de gamão a primeira partida depois da primeira aula no mesmo anoitecer


Eles são tapadinhos da silva, ao adequar o projecto, gás das intenções de trepar sem ir nos galhos mais finos, não gosto dos canos pretos em cima do meu telhado, mas o do vizinho não me incomoda, e vírgulas pra vocês, a vontade, vírgulas esperam em ganchos, prontas esperas, onde faço o puxadinho de varandas, ver o ar seco do cerrado virar filtro difusor, sabemos S.M.A.K e saboreamos WESELY ,estou jogando com dados abertos!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Que porta do museu abre para as igrejas?


Preciso de uma janela para olhar para o seu horizonte catalogar seus catálogos me emocionar com as suas emoções rir com suas piadas confundir seus sonetos vento será voz bruxuleantes cacofonias que as caixas de papelões molhadas não carregarão meus dados abertos de filtros de vinhetas de telas de tecido de algodão linho linha por linha saídas das glândulas teares do Rob aranha Son super herói das minhas revistas No-ir meus óculos de sapo vendo por baixo rente ao meio fio sem bater de frente apenas o olhar de quem beija a sarjeta de língua sem nojo de deitar com ela não é pra gostar é por gozar em qualquer lugar me arrastar no chão quem nunca errabundo a terra nunca trepou com esta que permite que façamos uma pequena greta no seu corpo em qualquer lugar poros de esporar roleta escolhe saída onde a russa ficou nua de vergonha ao saber que o meu galgo saltou do colo do czar e estrangulou o lobo competições de uivo abro uma aba e vejo os que lerem pensarem ele não está falando comigo.

domingo, 22 de agosto de 2010

Diagrama de marcha


A aranha teiou de invisível, sua rede de pegar moscas, a gotícula de orvalho solitária, registrou toda a cena em reflexo esférico, descrições prosaicas não pegam internautas um dia antes do seu dia, Valneide Bandeira viu a vida melhorar nos roseirais, o outro quer pegar esta cultura pra montar a sua própria empresa, quem quer comprar um tractor novo espera meses na fila, Chicago: Boston. Aguarda, que eu vou sacar! Este animal vai ter perturbações no seu dia a dia, o globo é rural, no entanto ainda andamos de variante, volver um Volvo pro vovô, o ovo de baiacu ao sal, é iguaria cinematográfica, o sabor não impede perturbações...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Afirmo dizerem:


Serão quantos, os meus eis?
Sereis vozes as resmas de papeis?
Seria alguma forma oriental?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Churrasquinho Greco-Romano?


Sem querer ser melado tentarei desencadear o cadeado: esta cadeia é bem viscosa, visgo suficiente pra estragar asa de passarim descuidado, mesmo aqueles que já caíram em alçapão, e arapuca. Através do aquário o peixe, sem ser o da vila, nada sem as barbatanas do signo, gesticula atarantado diante do gesto, não podendo gestar um óvulo se quer, daqueles negros, amargos, que compõem a boa mesa, regada ao bom champanhe, nas aberturas das grandes exposições. Pontalhetes não fazem fita quando tentam arrombar o dito cadeado, sem abri-lo então, deixo fechado o tecido, com esta nesga na saia: sua roda tem babados, que abertos, deixaria qualquer sombrinha japonesa com inveja!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pique, esconde!


Vou pintar os canecos, descartar os descartáveis, meu corpo activista liga os televisores na biblioteca, a serra não corta a vilã, todas as gargantas falam ao mesmo tempo, seremos todos famosos no sempre, façam suas páginas, um pirolito pra quem ler, uma banana no vidro de perfume, a guitarra do Santana distorce o andamento local, das costas veremos o olho da índia, retiro a água dos lavadores pra molhar o meu jardim, para ser provinciano faço oficina literária, dou aulas de fotografia, meus cães não sabem bulufas de cinefilia, os sentimentalóides movem este país.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um ponto simulado


Meu corpo quer todas as articulações, cobertas de lã, as informações, tacto, relacionamentos dependentes, lubrificar as roldanas, a natureza nunca recebeu um enquadramento sequer, compromissos de manutenção não me bastam, identidade com árvore, leia sua sombra na minha calçada, esqueci a fantasia do seu gosto, o líquido da minha face está inflamado, conexões, baldeações, ao cuidar do jardim não abandonei o cerrado, dividir o pensamento na fumaça de um cigarro de palha, ouço a máquina que aceita meus toques, ar condicionado, saio com os cães na guia curta, isto não é um fluxo, em baixo da latida da luxúria coloquei bancos de madeira maciça, sento sem conforto nem espera, e vocês comparam com futebol, carniça, tiros, gratificações, piadas, o ridículo me rodeia, um pouco de dia a dia, já fui o alicate do conjunto, dancei a banda local, fica pesado quando não giramos o suficiente.

domingo, 15 de agosto de 2010

Não sei se vou pintar o carretel...


As receitas através dos escritos alheios, o serão sem bater laje, o beber sem ser margem ,o leito, o rio, em mar de Poe por mais fantasmas, na sua garrafa, embriagar mais uma mensagem, os espaços que me cabem vírgulas, me parece pausas, o olhar o que quero ver, a longa frase grita gritos, ou faz a foto da foto, cópia da cópia, o que tem de meu é só o patético quem serão eles, estes que me tempam, de tampo em tampa, sem tempo de brincar comigo, suas mães disseram que sou sujo, um deles disse uma vez que o outro escrevia sua dislexia sem saber que com isto estava colaborando com este texto, eles sempre colaboram, poucos sabem da estética uma vírgula se quer enganam-se com trocas de receitas, de críticos de arquivos televisivos, a super mensagem, o super bacana, o super amendoim, foram trocadas por pílulas de desempenhos dentro da cartilha de quem manda, trocas, quem nunca trocou um jegue por uma perua, interrogações, perguntas sobre como escreve, perguntas sobre o preço, perguntas de onde tem, quem fez, será qual é a cor, e este voar sem vento de pipa de papel de pão quadrado papagaio dizia o caburé a melhor manutenção da câmara o semi-analfabeto sabia que eram apenas papagaios, papam galhos, papam os gaios, repetem a mesma sereia.

sábado, 14 de agosto de 2010

Some isto com seus ingredientes e faça um poema

_É, o cara que diz nós, sem ter nós, quando diz eu, está dizendo eles.

_Dominados por formas, modelos, gêneros, métodos, e qualquer dito.
_Representantes do mesmo a qualquer preço, escolhem encolher.
_Este personagem é novo, o diálogo sem logos, comporta pontos.
^_^ fico chinês com os palitos nas duas mãos pinço o recto sorriso.
Os nomes são confusões derretendo no bico do meu fole, não vou levar à bigorna, oficina de ferreiro faz marca pro lombo seu, nossas ruínas não serão visitadas por turistas, nossos cavalos desmontados não dirão que pertenceram ao príncipe local, memórias póstumas será jogo de cena do set do vaqueiro voador, promessas penitencias verbos sem imagem o som sem o ouvido os olhos sem as imagens, os espaços sem o corpo, descrição, ladainha, neurose, pesadelo, um sonho mofado, quando chegou a vez do Brasil o mundo acabou.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O seu ritmo no vácuo, está bom?


Perseguir, livro, após, me livro, poucos, não disseram que sabia, e o sábio é tão deturpado, tanto quanto todas as palavras, não tenho a preocupação de onde respiram posso por a vírgula depois, de depois de, vírgulas não seguram entendimento, existe outro ritmo no texto, um clichê de prospectar, já que Portugal não aceitou meu prosear, linha vermelha em baixo, passantes, ambulantes, bebam, de blog blog, o verbo pista pra você, bebê, e o que está lado a lado no trânsito pode ser lambido por para-choques, não sei ensinar pedalar isto é com o robinho da vila eu cá sou o da rua 7 nem jardim helena nem chácara das três meninas, despatriado de cedo, mas nascí no pronto socorro ao lado da igreja de toras nuas de pau brasil feita pelos índios, não é lenda lenda, me batizaram ali ali me descabaçei dos meninos ao mentir que levei uma menina de sala de aula para cabular copulando,nossas mentiras verdadeiras, não por ser um ensaio de ser, mas, por ser o nosso ensaiar seres, está cansado de mim, cuidado para não virar o fio.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O galgo tem cérebro?


Arrebentação, terebentina, unb, piracema, nossos poemas, deformas, lataria, perereca, rei tour, livro, bamboleá, afinidades, ao engano, seu dicionário está mal ordenado, a vida nunca pagou a morte, prosa, filosofia, confissões, friccionar bem a lombada, lambari, as minas gerais, em geral, Clássico, nenhum amigo inimigo amigo, classificações à parte, a moda do partir, vice vaporoso, não posso te contar, delegações, o feio acumular, joguem seus feios no mar, não corrigir, receitas internadas, minhas pernas nas minhas manivelas, meus pés de velas cheios, um vômito certo, alvejar, lavanderia, dados abertos, disposição de clichês, dinheiro pra dar, Pictures, não sou eu que vou desnaturalizar, qualquer um dos seus brilhos é estribilho, entre vírgulas, nada de concreto, o zero da escrita zero, já ter viajado com Delivery, sem citações fanfarronas, inocente é um bom prato, denunciados candidatos, concursos de alvos sem moscas, freio de mão, meia calça, segunda pele, passo, contra-relógio, fuga, a dama da estrada, o filho do general, o pau de brasília berrando, o altiplano sem piloto, o cavalo da caveira repetido, as coroinhas do cerrado, meu jogo de catracas em toda a sua extensão, labirinto sem minotauro, Prometeu sem fogo, laranjas mecânicas, bicarbonato de sódio, O Doutor Antônio Carlos Magalhães deu tarja preta ao Salão Branco do Congresso Nacional.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Em serviço :

O gato, a bailarina, nestes muros, uma trilha, nossas vias, seus passos, todas as manias, deter, pedras, construções, palavras, pregos, filtros, armadilhas, andamento, rol danas, câmbio, balas, caminhos, ditos, trovas, regionalismos, instrução, destruir, gastos, o nada, tantas tontas, entulho, alvenaria, desembarque, luz, pele, textura, enquadramentos, molduras, carreteeis, teias, lanternas, velas, a pauta que te pariu.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Vocês conseguem fazer, com isto?


Georgia, melhor, orgia, rã, locas, mão, enfiada, escuro, pegar, Lagamar, córrego, valetas, São Miguel Paulista, Lagoa das Três Meninas, Boi Sentado, Trotil, Tiêtê, rio, sujo, infância, terra, árvores, frutas, esconder, mato, sem, cachorro, doce de amendoim, gibí, quadrinhos, fotonovelas, primos, naturalismo, expedições, víscera, lambe-lambe, foto Rex, chapéu branco, gravata borboleta, realejo, sorte, brinquedos, pólvora, empório, chumbo, guarda-chuvas, garoar, gear, frio, grelha, brasas, carvão, rodas de sambas, quadrilhas, bate latas, arapucas, alçapão, estilingada, Araguarí Futebol Clube, Espanhóis, Portugueses, Alemães, Japoneses, Italianos, Turcos, vizinhos, mistura fina, continental, minister, cônsul, Souza Cruz, Diva, Viagem Ao Céu, O Sací .

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Este tecido está punido?


Casta, âmbar, lúgubre, Epaminondas, febre, caneta, diamante, solto, baleá, sangue, pássaros, Bollé, cair, descer, vírus, madeira, solo, nutrição, endurance, fartlek, bucólico, Esparta, quilômetros, café, lago, balão, charuto, xuxú, luxúria, Tebas, bebas, Fidípedes, maratona, longa, distância, lentamente, xadrez, dama, sinuca, dominó, dado, cubo, luz, fotografia, imagem, caverna, fresta, leito, ler, cão, grande, angular, olho, peixe, latidos, distantes, perpendicular, planador, galgos, singular, pernada, GANCHO, barco, nave, saída, canto, voz, potência, velo, cidade, bicicleta, Roterdã, Art21, pensamento, idéia, luz,baralho, Poe, Carlos, jogo da amarelinha, jogo das contas de vidro, Borges, Rulfo, Rosa, Raduan Nassar, lavoura, arcaica, Monteiro Lobato, quadrado, círculo, filtro, macio, degradê, pão, leite, manteiga, calcinha, Paris, Sartre, não-método, não-forma, não-gênero, mestre, ignorante, signos vias, pedaços de linhas.

domingo, 8 de agosto de 2010

Esta carreira é por vocês.................................


Eu vi o livrinho dele todo bem escritinho narrativa quase direta aqueles que escrevem assim estávamos num bar quando aconteceu é acontece que posso estar neste bar também mas já sem precisar ir sem ganhar o pouco presente sem conjugar nas quatro estações não querer saber o que estão dizendo não me assustar com o acontecido como aquele estereótipo que fizeram dos psicopatas que podem arquivar como tal bom isto já ficou claro as piadas dos pardais já abandonei as cabeças volantes precisam de luvas melhores para descer sem frear um capacete inteligente que não agarra no chão e saber evitar pedras duras enquanto a vista vê o sólido chegar ferramentas de artistas pode estar nas suas mãos controlamos de cá o seu não fazer sua ficção no falar suas realidades em revistas um certo inchaço prematuro as penas que caíram na cabeça do bêbado fizeram um acordo passional daqueles que desproporcionadamente apaixonam ao ponto de dizerem dou pra um louco mas não dou para ele dou para um tarado mas ele não me leva esta de graça tem tantas desgraças deste tamanho na casa que já foi dito chuva de gratificações pequenas em todos os cantos do palácio peguem e se esparramem esporearmo esporremos expõe suas pregas ou a falta delas qualquer coisa as coisas andam nas costas dos outros brincam com o serviço como se pudessem mudar o roteiro obrigado por mais este registro nunca passará este cheiro de 171 no ar?

sábado, 7 de agosto de 2010

1574. Neste tablado, represento sem diretor!


1565. Na descida em curvas, cuidado com as tartarugas!
1566. Minhas pernas embolam o coroão, no vento à favor!
1567. Eles não conseguem esconder as caras de quem fez merda!
1568. Todas as notícias são coisas dos outros.
1569. Paralelepípedo separa, escrever vias, de pedras...
1570. Se você me der cinco dedos, viro o cristão ladrão!
1571. As decepções acompanham os anos dos guardas!
1572. Minha tia sempre esteve de plantão!
1573. Galgos alongam sem nenhuma cartilha!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Vocês não merecem um ponto, mas três...

Todas as palavras buscam no Google o entendimento analógico para exaltações afetivas familiares e a distância entre as gratificações e as pescoçudas amizades saltam em correios eletrônicos sem o mínimo senso do ridículo aquele que atira em curso com os vidros fechados tem uma cabeça de melancia depois da chuva de cinco será que vai chover seis o pai herói pediu pra chamar o filhinho em público e dizer somos os maiores nos queiram bem mas na hora de falar inglês o barnabé sai na frente as comparações televisionadas dançam nas repartições e esta descarga vai fazer descer até o troço de cinco polegadas eu nunca estive aqui não conheço o lugar de vocês não dou nem recebo ordens aprecio o vai e vem do formigueiro assim como nuvens em deslocamento quem incorporou o diabo vai dar uma de deus e quando ligo meu rádio é apenas pra abafar suas caixas de merdas no fundo eu não falo nem escrevo apenas desenho com fotografias este cotidiano provinciano melancólico fiquem felizes proprietários nos seus limites...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Esta era para capa

Enquanto o pombo boiava no espelho d'água, a embarcação câmara era guiada pelo vento do 2 de agosto, uma marmita de isopor, sem tampa, atraída pela arquitetura do um, faz a curva, e estaciona debaixo da rampa, no lado oposto ao barco de alumínio. Esta foto ganharia o concurso dos galeristas institucionais, dobrada no primeiro plano, a marmita vista pelo sapo molhando a bunda em baixo da rampa, deixa o peso em cima e congela de leve em baixo, pb- alto contraste; arrastando a perspectiva... Então, já que vocês vem aqui xeretar, montem este frame artificial, e ganhem o concurso, desejo-lhes boa viajem, e se encontrarem meu amigo Michel Onfray, façam sua universidade popular, caem de boca em Paris, e se nascer alguma coisa estarão me evitando um maior mal : o pombo parecia vítima de notícias populares, a marmita, que nunca comportou o pombo, parecia estar sendo guiada por um dos nossos intrépidos condutores de autoridades, a água, de um negro europeu, deixa pequenas cristas desenhá-la, não se esqueçam que a câmara está fixa, por vinte segundos, este é o tempo que precisam olhar, a história superficial não esconde o percurso, recriar o cenário nunca será suficiente.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

&1564. E este e comercial, não é elegante?


!1555. A exclamação é uma pilastra aérea?
?1556. A interrogação é uma santa puta?
-1557. O travessão é um Dick vão da primeira passada?
:1558. O dois pontos permite passar por baixo no meio e por cima?
,1559. A vírgula pesca um tempo?
`1560. A crase casa com estilista?
""1561. As aspas guardam péssimos escritores?
;1562. O ponto e vírgula para fluir não engancha?
¨1563. O trema são olhos da coruja branca na neve?

7 dias de descanso por semana


Foto: Bizé, 2010.




Perguntas e respostas ficaríamos sem fazer por toda a eternidade pergunto responda então qual é a pergunta da sua esperteza como se questiona quando só seria assim dois pontos coitado ele é louco deve ser um tolo que sabe como entrar mais não quer não entra como nóis fingindo especializações padrões das instituições projetinhos aprovados pesquisas preguiçosas no google acadêmico eu fui o melhor aluno dentre os alunos que observavam os alunos diante dos mestres ainda não é suficiente fiz tudo que o mestre mandou e ainda de quebra sou amigo dos retas aqueles que acertam os ponteiros dos relógios de paredes os que tem as respostas aqueles que sabem o que estão fazendo tiram de letra o chute do auto dilata meus amigos vocês são de morte e um trouxa como eu perco o pouco tempo que me administram com vocês velhos amigos de velhas datas arquivos mortos de galpão empoleirados pombos pregadores de praça pública meus anjinhos coloridos que coleciono sem ter mas aumento sempre mais um outro é outro outra vez outra hora aquela que não dorme mas não vê fantasmas é o próprio fantasma do cineasta português arrastando seu corpo sujo por todas as entranhas da cidade gozando com a parede do banheiro de mármore branco as pegadas sujas ficam nas linhas finas desta sua meia calça com fivelas gosto tanto que não sei o nome um excesso qualquer das prostitutas querida câmara lenta dos dentes podres rolamento de madeira sem lei nenhuma gravidade na sua órbita nos seus desgastes aparentes nada de novo da sua ida ao pitanga sua maquilagem fashion sua sustentabilidade de vitrinas seu bobo engajamento com a arte na mesma extensão provinciana de sempre o aparelho respira seu ar viciado e não morre sua caixa preta mesmo com frestas não enlouquece é querida sua eficiência em não vida é mesmo arrastadora coitados dos meninos diria um crente disfarçado de sambista ora quer o meu dizer também não basta uma embolada de estômago criados mudos agendados tiras de trapos menos que uma coxa de retalhos é o que você é moça queria um conto brasileiro né pois é isto um conto contado por todos todas as vozes nesta voz sem voz ativa sem ação o roteiro não mapeado o personagem fujão o frio da Noruega me agrada levanto às quatro e quinze tomo café fumo um cigarro de palha e escrevo fotografias desenhos animados cineminha de caixa de papelão este entulho murmuroso voltar carregar dirigir nesta Brasil Rodovias eu não sei mesmo se é infinita ou aquele vidrinho que estou vendendo barato de infinitos cada um tem o seu infinito em cada vidrinho coloquei um infinito: vou ficar rico?

domingo, 1 de agosto de 2010

1554. Estou tão livre de vocês, compreendem ?

Entrei na fotografia disse o outro a fotografia é a minha tia com unhas longas nas minhas carnes brancas o mundo me foi contado desde cedo com e sem condados imagens se desfazendo fracionar e as outras três outras operações fiz bem antes de chegar nas quatro caminhos de fugir quando é o conto a prosa e sua parental ilha venho escapando a 52 anos e três meses sem contar a barriga de mamãe e o saco do papai no banco da bicicleta: então, como a bicicleta entrou na minha vida?
Responde. Vocês são donos da resposta. Não pergunto por saber que vias de sangue correm fora dos sistemas circo vasculares dos corpos humanos e emoções mudam quando a figurinha carimbada é a mesma bato bafo com todas as chaves contra nenhuma porta.