terça-feira, 3 de agosto de 2010

Esta era para capa

Enquanto o pombo boiava no espelho d'água, a embarcação câmara era guiada pelo vento do 2 de agosto, uma marmita de isopor, sem tampa, atraída pela arquitetura do um, faz a curva, e estaciona debaixo da rampa, no lado oposto ao barco de alumínio. Esta foto ganharia o concurso dos galeristas institucionais, dobrada no primeiro plano, a marmita vista pelo sapo molhando a bunda em baixo da rampa, deixa o peso em cima e congela de leve em baixo, pb- alto contraste; arrastando a perspectiva... Então, já que vocês vem aqui xeretar, montem este frame artificial, e ganhem o concurso, desejo-lhes boa viajem, e se encontrarem meu amigo Michel Onfray, façam sua universidade popular, caem de boca em Paris, e se nascer alguma coisa estarão me evitando um maior mal : o pombo parecia vítima de notícias populares, a marmita, que nunca comportou o pombo, parecia estar sendo guiada por um dos nossos intrépidos condutores de autoridades, a água, de um negro europeu, deixa pequenas cristas desenhá-la, não se esqueçam que a câmara está fixa, por vinte segundos, este é o tempo que precisam olhar, a história superficial não esconde o percurso, recriar o cenário nunca será suficiente.

Um comentário:

Salomão Sousa disse...

Cri que comentarias o post da loucura.
Já comprou o "Dicionário Analógico"?
Ele está em todas as livrarias, em edição linda!
a foto é minha. Fiz durante uma viagem a Pinenópolis, no quintal da pousada em que fiquei.