segunda-feira, 2 de agosto de 2010

7 dias de descanso por semana


Foto: Bizé, 2010.




Perguntas e respostas ficaríamos sem fazer por toda a eternidade pergunto responda então qual é a pergunta da sua esperteza como se questiona quando só seria assim dois pontos coitado ele é louco deve ser um tolo que sabe como entrar mais não quer não entra como nóis fingindo especializações padrões das instituições projetinhos aprovados pesquisas preguiçosas no google acadêmico eu fui o melhor aluno dentre os alunos que observavam os alunos diante dos mestres ainda não é suficiente fiz tudo que o mestre mandou e ainda de quebra sou amigo dos retas aqueles que acertam os ponteiros dos relógios de paredes os que tem as respostas aqueles que sabem o que estão fazendo tiram de letra o chute do auto dilata meus amigos vocês são de morte e um trouxa como eu perco o pouco tempo que me administram com vocês velhos amigos de velhas datas arquivos mortos de galpão empoleirados pombos pregadores de praça pública meus anjinhos coloridos que coleciono sem ter mas aumento sempre mais um outro é outro outra vez outra hora aquela que não dorme mas não vê fantasmas é o próprio fantasma do cineasta português arrastando seu corpo sujo por todas as entranhas da cidade gozando com a parede do banheiro de mármore branco as pegadas sujas ficam nas linhas finas desta sua meia calça com fivelas gosto tanto que não sei o nome um excesso qualquer das prostitutas querida câmara lenta dos dentes podres rolamento de madeira sem lei nenhuma gravidade na sua órbita nos seus desgastes aparentes nada de novo da sua ida ao pitanga sua maquilagem fashion sua sustentabilidade de vitrinas seu bobo engajamento com a arte na mesma extensão provinciana de sempre o aparelho respira seu ar viciado e não morre sua caixa preta mesmo com frestas não enlouquece é querida sua eficiência em não vida é mesmo arrastadora coitados dos meninos diria um crente disfarçado de sambista ora quer o meu dizer também não basta uma embolada de estômago criados mudos agendados tiras de trapos menos que uma coxa de retalhos é o que você é moça queria um conto brasileiro né pois é isto um conto contado por todos todas as vozes nesta voz sem voz ativa sem ação o roteiro não mapeado o personagem fujão o frio da Noruega me agrada levanto às quatro e quinze tomo café fumo um cigarro de palha e escrevo fotografias desenhos animados cineminha de caixa de papelão este entulho murmuroso voltar carregar dirigir nesta Brasil Rodovias eu não sei mesmo se é infinita ou aquele vidrinho que estou vendendo barato de infinitos cada um tem o seu infinito em cada vidrinho coloquei um infinito: vou ficar rico?

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