domingo, 15 de abril de 2007

O RABO DO PEIXE BRANCO


noticias populares chegava em casa impresso oral e na semiotica da megalopole no entanto preferi o sitio do pica-pau amarelo o balão do julio verne a dama e o vagabundo a caixa de fosforos beija-flor servindo de marcação para o samba sincopado de breque unhas longas da diva esmaltadas cuidadosamente em longo ritual apenas para o meu deleite e outras frestas onde a serpente do tempo nega se a aparecer o que cobra maior silencio aos meus atropelos ao radio então morais sarmento gil gomes antes geronimo o heroi do sertão na feira de domingo lampião a cordel com direito a ladainha do homem da cobra mascate no centro da roda uma fé no bicho na esquina um chevrolet 51 verde bandeira guardava a escrita do zé cobra atraz das lentes cascos verde garrafa isto na volta da feira pois durante a semana tinhamos o bicheiro ao lado pai do paulo cuba que agora escapa à esta ocorrencia onde as aquarelas feitas na chicara de cafe quente com cinzas de cigarro deformam borboletas esmaecem jacares agosto e os cachorros loucos engate frequente separação com pauladas e agua fervida para soltar a pele expor as entranhas la vem seu juvencio na sua diligencia puxada pelo guarani de porta em porta vendendo frutinha boa e o pedrinho dos prazeres sentado ao fundo antes de limpar as minhas lentes regular minha olimpus ja era o menino mais velho que seguia no contra luz o outro para futuro encontro é hora de fazer subterraneo no jardim antes da divina chegar por baixo das rosas espiar as raizes cavar ovos de minhocas assanhadas partir com a faca ainda fedendo cebola ver que se alimentam de terra provar experimentar deixar secar e a frustração de não poder ir com elas para o japão onde tudo é ao contrario uma estilingada mata nosso passaro preto que era manso e o menino não sabia ser de estimação no mesmo jardim de tantas aventuras dalias dama da noite jasmim copo de leite margaridas amor perfeito eternamente construido o passado futuro de todos presente sempre ausente escapando entre os dedos escorre desce pelo ralo do banheiro uma sopa de macarrão extrato de tomates batatinhas e couve rasgada boia a carne moída...

Um comentário:

Herondes Cezar disse...

Amigo Robson,
Muito interessante essa história de que no Japão tudo é ao contrário. Quando eu era adolescente, ouvia os adultos dizerem que o corte do sexo das mulheres japonesas era na horizontal. Rarará! Só com o filme "O império dos sentidos" descobri que essa história não passava de uma lenda. Rarará!
Grande abraço do Herondes