sexta-feira, 20 de abril de 2007

DA MESA DA COZINHA


COM A PALAVRA, A BIZÉ:
Escrever...
Grafar no olhar, marcar no tempo. As infinitudes viscerais do embolo humano,
Querer escrever, querer registrar ao mesmo tempo o feio e o belo.
Como registrar qualquer coisa se não se tem o domínio, se não se absorveu, se não se digeriu, mental ou atuantemente o amanhecer ou o anoitecer, caminhando na vida, às vezes cabisbaixo, em direção ao sucesso, ou eufórico, em direção à morte ?
Quem não é escritor?
Qual humano não é o seu escritor?
Escritor de sua vida,
Seria um ato uma palavra?
Se tudo é poesia em potencial, por que não chamamos seus autores de poetas?
Poetas da pobreza de palavras escritas, poetas de estrofes reais do dia-a-dia.
Quem é mais poeta?
Quem está de coração? Quem serve de sangue ao vampiro de caneta na mão?
Quantos falaram ao mundo essencias e nem sequer foram ouvidos. Falaram na hora errada ou a pessoa errada?
Buscai, catai, ide à luta, busque, garimpe, você que se enche de ar para escrever tudo que já foi dito. Bizé2005.


respondo,então:
ESCRIBA
-
É, escrevemos...
até lemos...
sonhamos um mundo melhor ou um mundo diferente, para não repetirmos os erros dos nossos antes passados, escrevemos para deixar possibilidades: áreas de escape, para que os outros possam fazer as curvas melhores...
Escrevemos sim, querida, mesmo que ninguém leia, seguiremos escrevendo; com máquinas, com olhares, com o corpo, com o próprio sangue...escreveREmos: _ETERNIDADE !

Um comentário:

Anônimo disse...

Cara,

Sem palavras. Escrevamos com nossa telepatia em ilhas stellares, rios de verve que saca metáforas, metonímias, catacreses, hipérboles, tudo muito bão aqui brohther e você e bizé mandaram muito bem. casal afiadíssimo.