sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não precisa de letreiro

Esta é a fachada do meu prédio entrem no escuro e cambaleiem lá dentro de vagar para não tropeçar em outro mandão mesmo nus eles ainda nos incomodam a cama é todo o piso de 10x10 coletivo dormitório requintado super limpo o ar mais perfeito até agora encontrado por cientistas alemães a música das esferas pelo tempo de permanência de relacionamentos de grupos somos os mais selvagens encontrados até agora conseguimos nascer de pais e mães conhecidos criar vínculos com ramificações e a coisa social e mesmo assim quando estamos juntos no melhor espaço de cem metros quadrados já construído já que está nos arquivos de outra galáxia sendo lido por alienígenas e o monitor da exposição deixa claro ninguém sabe nada sobre eles pois mentiam até quando diziam verdades todos querendo alimentos para todos os sentidos e na defesa de um controle maior mentiram toda uma humanidade hipnotizados por pais irmãos semelhantes transeuntes semióticas estou gostando deste caminho acho que vou passar só por aqui ficar ir mas levar o caminho sempre junto aqui nesta fachada deste meu quarto ideal sonhos são gozados e o homem finalmente acabou com o direito de posse aqui ninguém vai precisar de dados qual a diferença entre contextualizar dentro do poema e contextualizar na entrevista na crítica na tradução no movimento no emprego nos relacionamentos na vida o sujeito está escrevendo e eu estou lendo ou eu estou escrevendo aquilo que li enquanto o outro cambaleava me escreva cara mas me escreva mesmo em todos os sentidos procure por mim onde estou o que estou fazendo agora qual dos meus brinquedos te interessa sirvo para arrumar a casa posso escovar a língua quer que eu vigie os seus erros brinquei de ioiô sei desenrolar pra descer e enrolar pra subir qualquer prosa grotesca diz por mim.         

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

a ida costrói o sal
silêncio absurdo
crase que abomina o ão


abração.