domingo, 24 de janeiro de 2010

Minha toca, estoca!

O silêncio dos bichos nos dizem suas trilhas e sua conformação com o mesmo de cada um, nosso alarido e a necessidade de ficção esbarra em sermos presa fácil desta possibilidade.
Sem medo de gastar trilhas, vamos desorientando ponteiros, desalinhando enredos: brinquedo de corda que dá e cobra movimento, quando para, precisa de mais. Acorda! Você puxou até dormir. Doamos pertences imateriais, e os materiais não pertencem a ninguém, os outros também rimam com vida, nunca foi falado de morte: os brinquedos largados sem corda, quebrados,perdidos, outros brinquedos...
Não temos a morte, nunca tivemos: o brinquedo que para não brinca mais na materialidade. Explico: Não participamos da imobilidade do brinquedo.
Sim. Saudades, sim. Mas, só.
Assim como não participamos dos silêncios dos bichos, tentamos falar suas línguas, orientar mo-nos pelos seus cheiros, sem termos seus narizes. Não somos Gogol. Nikolai, manda o retrato de volta!
E o esbarrar, é de não ver, não sentir outros corpos vivos ocupando espaços mortos, que não impede este ou aquele, sentado, em pé, movimento dos bichos: presas fáceis de qualquer possibilidade.

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Brincar com o lego infinito