Depois de uma corrida, daquelas que te levam ao inferno, vem o barato endorfínico e te mostra o vão da vida. Ontem me lembrei de um verso: "superior dentro da noite", que penso ter escrito, mas se for seu, é só dizer e credito. Me senti superior mesmo em tudo ao alfabeto aos homens e seus lengas-lengas ao tempo a vida, caminhei até em casa por 15 minutos de superioridade absoluta, sem contra-pontos, sem regras. Não pensem que isto acontece sempre que se corre, senpre que se derrama endorfinas, pois tenho trinta anos fazendo isto sistematicamente, e, momentos como os de ontem são raros, são únicos, é solidão das boas.
Vou mudar de novo amanhã, muito lodo vai cair, deve ser a 16 vez, se não perdi as contas: estendo uma estrada de mortos e sigo o caminho de sempre, podem tratar de gostar assim, pois mudo mesmo sem o alegria editar. Isto aqui ficou velho, tem quase 23 anos que estou dando aulas aqui, e claro, aprendendo também, é hora da mudança o eterno deus mu dança, como já pregou nosso ministro cantor compositor e ex-gente-boa ou sei lá o que, agora quero quintal, prometo escrever com mais calma para embalar o sono das crianças...ok, meus vizinhos saio sem me despedir, caso queiram me ver subam ao solar de Brasília, serão bem vindos.
Um comentário:
que a mudança seja boa. saudade sua, da bizé, daí, dessa família cultural e artística.
cá vou fazendo e ampliando o trem.
braços abraçam braçantes braça no abração procê.
Cássio Amaral.
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