Bate-Volta

Cortella dando atenção ao público no aeroporto de São Paulo ontem fiquei constrangido não me aproximei mais começaram as selfies fui pro meu terminal 19 segurar mais uma hora em pé quase desancando um gaiato me indicou a preferencial pra gestantes e idosos falei que sim que eu era os dois velho gestante de ilusões ou o que ele quisesse pra me deixar em paz sem usar muitas palavras ele riu pediu desculpas disse que estava brincando ri e silenciei passaram a falar de futebol continuei sorrindo concordante não obstante pela diva direi cansando sem dormir se isto não for o bastante a ação fora da minha rotina cada vez mais maçante pra não ir mais longe com este faro do demônio vontade de beber teve como recorde um absinto antes de sair um conhaque na rodoviária de bsb três pingas na de go go go vinho pequeno pra viagem uma cerveja pequena antes de Pirassununga e mais nada só sono depressão auto-desagrado redução desarticulação incompatibilidade falta de habilidade com qualquer cotidiano que não seja de passagem aos responsáveis dedicados pais de famílias todo o meu bem querer pra vida vivam bem obrigado é melhor não pluralizar o singular grato café de onze no aeroporto mal servido barrinha de trinta limão grega resumo de tudo que foi ouvido ida e volta nesta via de 24 horas: a conversa do presidiário Tarcísio que estava indo pra Goiânia no banco da frente em cima do meu lado direito garoto novo testa proeminente que ele apontou uma estrela tatuada nunca vista mais mentiu com os ícones todos da rede fora de qualquer ordem do meu conhecimento no entanto me reservei a alguns seis outros não seis bem tranquilo ele olhava no olho e hora nenhuma ficou exaltado...