segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Por mim meu pai merece ser lembrado bem!

 

Qualquer dedada de rede viciada quer competir com a cátedra vejam o autodidata agora é palha perto do dedão da web que sem linguagens de comparação fica perdido em fake news e outras falácias o mundo foi reduzido a fofoca do bairro de rua do bar da casa do salão parisiense menos Robson me pede a franga e atendo em consideração ao general seu pai que o meu não era obediente não dava era telefone em orelhas de altas patentes o filho do espanhol ciclista em cima das melhores máquinas européias japonesas espelho de bolso com mulher nua estampada nas costas sempre bem vestido e penteado com o livrinho dos direitos humanos no bolsinho do paletó quando necessário era sacado na cara do inadvertido transeunte quando via alguém mal posicionado em cima da bike mandava olha lá ó parece que está montado na mãe dele sem dó ensinou boxe no quartel dos bombeiros da Vila Prudente até que um engraçadinho achou que sabia mais e lhe acertou deu de volta com mais precisão e força e falou eu aqui tentando ensinar e um trocha querendo me bater artista contemporâneo mandou fazer um terno de plástico transparente e só de samba-canção por baixo e camiseta regata calçado foi pra repartição imaginem então isto em sessenta falante como eu não se importava em ir além mesmo que caísse no ridículo depois ria de si mesmo em casa e fazia a análise mais profundo dos homens de seus costumes no ciclismo paulistano Paulinho era bem conhecido Paulo Corrêa de Araújo meu pai romântico-anarquista senhor da sua linguagem o ciclismo não precisava de mecânico sua máquina sempre bem regulada e limpa pronta pra próxima saída virando como dizia virar pelo menos 100km antes do expediente...

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