domingo, 7 de julho de 2019

Sem projetos

Movo-me lentamente como num livro de acordo com o personagem na maioria das vezes contra a minha vontade pelos outros que sempre reclamaram que era tudo só pra mim livresco por dentro estudando as reações dos elementos hífen por hífen composições no automático mesmo de costa mesmo em Santana rumo alto arrumado ou desarrumado no estado conhecendo todas as constituições aparentes todos harmonizados pela energia de estar presente fiquem à vontade sentido olhar de coruja do cerrado nossos últimos chefes foram os melhores porque lapidámos tanto que continuamos amigos aqui fora depois da temporada no inferno era de se esperar quando a busca era tentar humanizar o processo doloroso de ser subjugado nossos frutos beiram uma paz depois da guerra mas tão surreal que é como se nada tivesse acontecido um filme que não tem começo nem fim e estivéssemos sempre no meio
não importando como nascemos nem como morremos éramos parte daquele caldo atávico daquele espaço naquele tempo misturados ao meio discretamente aqui e ali um grito talvez de dor talvez de alerta descarga água saindo pelo ladrão por frestas pouquíssimos mesmo aqueles com uma certa educação fora de fachada formais com suas formalidades costumeiras costumes por conveniências convenções convencionais através do clichê cotidiano por algum interesse mesquinho todo um rapapé até o alcance da gratificação ou pirulito pelota rabo de papagaio linha ao quadrado acesso ao brinquedo pequenas conquistas de pequenas posições surfar a melhor onda tirar onda de tirano ou você está me tirando coquetéis lançamentos exposições palestras aulas ou papo de boteco...

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