O Natal é vivo ainda, mas não tem mais a mesma força que tinha na década de 70, quando sozinho enchia um caminhão de areia em meio expediente.
A Dona Jovina peneirava soprando arroz até não sentir mais os braços.
O Pacau comia uma caixa de bananas no café da tarde, quando estava trabalhando de sapateiro e treinando para a maratona.
A Diva fez amizade com as imagens dos seus deliriuns tremens.
O Mendigo Ovídio ficava sempre com a suã do porco morto no quintal dos Ribeiros.
A frase lida em voz alta na classe cheia do colégio de interior era mais forte que qualquer manchete do jornal.
O defunto vinha dentro da gamela cheia de cachaça seguido por procissão que o bebia.
A galera que entra agora já vem com o comportamento pronto para receber a gratificação não perde tempo nas portarias.
O quadro pintado por minhocas não é surreal.
A moça prefere pegar nas armas que nas bocas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário