sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Manual do aluno

De dentro do texto
o contexto
em moto-contínuo
quer falar sempre
do ato de criação
esta necessidade de conversar com o mundo
uma exibição permanente
do corpo
da forma
mesmo sem conteúdo
grita
sou bom
me lamba
prove das minhas doçuras
tenho a sustentabilidade do futuro
a acção depende das minhas idéias
sei do desenho da hélice
que move o avião
embarco sem check-in
qualquer bagagem aérea
sobrepondo imagens
crio volume
massa
sem prender a paisagem num cartão postal descarrego
retirando a mão da manivela
só para ver a cruzeta virar estrela
quando a linha branca
escapa pelo furo
quem escreveu carretilha
acertou parte
do que solto
sem embaraçar
aborto a filha literatura
o vento puxou
não precisa subir
porém ir longe
cair onde vista não alcança
fazer a alegria de outro menino
que pegou
sem saber quem fez
vai empinar com mais rabo
emendar o resto de linha
talvez precise envergar mais
ou colocar
um penso
de contra peso...

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

viajar nas nuvens
empinar pipa
pegar a bike e dar um pedal
riscar papel com versos anômalos
de bate pronto sem esquentar
a cabeça com crítica com perfeição textual
acatar a inpiração que maeles fala que é chico xavier. ela fala que eu escrevo de vez em quando d bate pronto tipo chico xavier. vai ver que somos mesmo médiuns de palavras mais estra terrenas e extra cósmicas de constelações mais loucas, sim talvez ou não quem sabe?!
gostei do trem aí de baixo na aula do detran sua fala sobre bike.
tenho 36 anos e tomei duas vezes bomba na rua e meu prontuário caducou dez anos atrás, não dirijo, só a bike.
a chuva dominou o araxá e virou arachuva chame a nave mãe e subamos.
subamos
subamos
o presságio é que a sutileza é o corte que o semiótico do Y pode desfraldar de A a Z