terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A liga da justiça

Estão buscando uma utilidade pública na poesia, assim como estão buscando uma utilidade pública na universidade, a arte precisa vir maquinada com a ajuda social, a filosofia tem que ser prática, só pode ser escrito o que todos entendem, a instituição nunca foi tão aceita como agora, pelo menos enquanto curso, fachada, o menino ouve, se fantasia, e faz a cena. Todos querem a galinha dos ovos de ouro,sem saber do que se trata. São tão actores, que se der um papel num teatro, não vão querer representar, com vergonha de todos ficarem sabendo que já representam: verbos, são verbais!
Eu, sou um chato que fico dizendo o que eles fazem: morre um que eles viviam dizendo que era uma merda, eles vão e reivindicam um tributo. Brincam de humanos, mas quando pegam a grana vão comprar mais figurino: figurino-livro, figurino-disco, figurino-imagens, figurino-carros, figurino-roupa, figurino-viagem...e querem ficar para sempre, enquanto houver sempre.
Dizem não serem cristãos, e comportam-se como maus cristãos, com traços de dó, de dor, de piedade, de perdão, de medo de ir pro inferno...
Aí, eu escrevo: amor, mãe, pátria, deus, traição, beijo, sexo, festa, compras, dinheiro, rico, pobre, carne, cerveja, futebol, natal, ano novo, sucesso, e...: tudo que gostam de ouvir, de ler, de falar, de escrever. Vão dizer: "nossa como você escreve bem, você é inteligente, sensível...!
Tá ficando grande, né?
Vou parar, se não o outro não lê.

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