quinta-feira, 26 de junho de 2014

_Aquilo que parece ser, ainda não é...

Eu não sei de febre de rato vovó não me deixava brincar com rato mas sei da febre da garganta que me distorcia o teto afastava os móveis embaralhavam as letras rótulos e mais rótulos de remédios injeção na bunda que meu braço era muito fino lavagem no reto lenço com rodelas cruas de batatinhas na testa dores de cabeça intermináveis tosse comprida de tossir até não mais sentir as costas deitado no banco duro de madeira dos prontos socorros de sampa sei de vermes gelados saindo pelas calças curtas nos bancos dos baús vômitos explodindo inesperadamente nos mais diversos locais e vovó pedindo desculpas pelo menino doente sei que não basta mas é o de menos as várias separações e perdas e danos uma luta pela sobrevivência aqui e ali Vovó tendo que ser marido pai mãe e Avó além é claro de companheira nas brincadeiras no entretenimento e ainda ajudando todos que encontrava pelo caminho caídos necessitados mas te juro Cássio não sei nada da febre do rato.

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