domingo, 2 de maio de 2010

Configurações


Somos fragmentos de artistas famosos. Amanhã quando virão os fragmentos destes fragmentos que somos, outras medidas dirão, de outros espaços-tempos.

Somos fortes enquanto aceleramos, nossas bombas musculares expulsam as toxinas, nossos sentidos desorientam as adversidades. O frio final é tão certo quanto o calor do início de qualquer cio. O gelo não acasala ?

Todas as distâncias não serão medidas, as profundidades transformadas em opinião pública, ficarão intocadas, o convite ao jogo desconhecido, é a pergunta: vamos por ali? Enquanto jogo, me digam as regras! Não adianta mandar recados lá pra cima, eles estão vendo, e são maus, nos destroçam a hora que quiserem, uma só cuspidinha, e viramos poeira de pardal tomar banho.

Dar a volta à terra não melhorou as suas curvas nem tapou os seus buracos não criou nenhuma harmonia milagrosa nem tão pouco fez da terra a nossa fortaleza intocável a busca por eternidade o não querer morrer não foi dito a primeira vez por nem um deus esta bolinha que habitamos e não conhecemos pode ser o experimento de algum menino travesso que mora e brinca em outra dimensão ou talvez exista uma ilusão do sólido um engano a mais será sempre bem vindo e a relatividade serviu aos leigos assim como as jóias da coroa serve a plebe a vingança do não vão me pegar faz o maratonista passar pelo muro sem deixar cair o ritmo o ciclista mergulha na montanha congelada e faz todas as curvas o nadador desliza novos recordes diante de corpos pesados a bailarina é de marfim: dizer saber dos limites sem experimentar faz parte do manual!

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