quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

_UMA SAÍDA: FUMAR!


Meu amigo Ferrigno, mestre em fotografia, acende seu cachimbo com o pen drive, é que ele tem a memória do fogo, tão necessária ao ato de fotografar: a remota memória do fogo!
Nestes dias de transição dos conceitos precisamos estar atentos para com as faíscas, iscas de um pensar cifrado, dos novos signos digitais que precisam as identidades... caso o Leonardo o da Vinci colocasse o seu espelho aqui, o que leria da minha remota memória do fogo?
Ferrigno é surfista de santos, em prancha longa sabe das ondas de todos os máres, com seu cachimbo inglês e fumo perfumado, refletimos todos os boatos da casa e esperamos da coxia a deixa para a peça da semana: o x do problema?
- Não temos!
Desculpem se falo assim de um amigo, mas os amigos são nossos amigos muito antes do primeiro encontro, assim como o fogo, podem sim estarem guardados em arquivos digitais , esperando o aperto de mãos a união dos polegares em pacto de sangue sem corte algum. Quantos destes não esperamos de portas e janelas abertas vendo a fumaça espira lar?
Uma introdução dentro do gambito do rei, sem as palavras subsequentes, na moda dos baianos, diriam os metidos a escritores, com crase, que não sei onde anda, mas assim como a carta ao pai do outro naquela praga de antes, aqui me exercito, sem o exército de críticos a meu favor, e pego a portaria, rasgo, sem ver a ordem do dia.
Nos divertimos com os erros dos outros assim como se divertem com os nossos: um clichê pra ponta torta costurar seu croché de hoje. E além da via pública o que animamos com nossos corpos vai dançar além de qualquer instituição, em outras entidades...
Obrigado Amigo!

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

fiquei com vergonha te dizer isso a vc aí em bsb.

vou dizer agora. quero aprender fotografia com vc se for possível, se tiver jeito, se vc quiser um discípulo.

o texto casa perfeito com a fotografia. acende o cachimbo e vamos fumar os flashes que o átimo nos dá.

forte abraço.