sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

e assim?


ninguém sabe passar ferro melhor que a minha tia Diva, quando com o sopro nas brasas fez lembrar ao pedro cotote de quem era o sangue que corria através das frestas do corpo do ferro fundido fundição tão bem conhecida dos avós dos tios até a sela e dobrados do maestro Diomar Simão Vieira seu pai eu presente com seis anos vendo toda a determinação dos músculos que comia-mos na sopa da tarde com couve e batatinha boiando no extrato de tomate ou no almoço cozido na panela de pressão servido no próprio caldo com feijão batido por estrela inox movimento de rotação em ordem unida arroz branco com alho e rodelas de tomate maçã intervalo da sua cruz souza cruz movimentos de vai e vem observados por baixo da porta do banheiro marfim branco da BRIGITE MONTFORT em ação...e meu padrinho cotote pálido levantou pegou seu chapéu marrom de feltro suado com fita encardida dos suores da banca de jogo de cartas e saiu pra voltar só muito tempo depois mais agradável e educado que antes até o fim de seus dias dizendo a Diva tem vergonha na cara ela tem fibra e sedas esgarçando os fios de lembrança daquela passagem de ferro de antes...

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