sexta-feira, 25 de julho de 2008

LAPSO

A caneta que escreve está na cabeça, a outra é só para arrastar o pensamento. Este espaço não é mais ocupado pelo lápis há muito, este lápis perdeu espaço no texto, foi trocado por teclados, agora quando volta aqui é pra dizer da perda de hábito, quando era considerável ter algum hábito, e escrever à mão deixa a peça sem nenhuma possibilidade de ser encenada, alongando por puro capricho o tecido elástico sem emenda sem soneto sem maior preocupação. Quantas vezes ela virou zarabatana?
Basta tirar a carga e introduzir um pedaço de papel ou madeira e soprar forte no ouvido do menino que está sentado na frente. Grafite esmaltou muitas unhas gravuras esfregadas com cuidados especiais e foi dito pela diva que uma vez penetrado na carne nunca mais cicatrizava.

Nenhum comentário: