domingo, 27 de julho de 2008

Da ciclovia

Eu vos conheço através dos seus cães das suas linguagens dos seus pertences. Pedalo o que quero com minha manivela de pé de vela em carretilha descarrilo. Descarrilharia mais ainda com todos os dentes se não tivesse caído do cavalo de boca na terra fofa. Meus pregos de mata burro se oferecem de cabeça na parede apontam para onde quiserem. E cada frase é lâmina afiada de um samurai que assina até a pinta do seu cu. O disco grande e negro LP corta o abdômen puxa as tripas e estende-as nas mãos. O programa das semanas sem descanso no último dia vara com o leque na mão esquerda e a alavanca de marchas na cadência das pernas.

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Cortante o pedal.