segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Este barco não é meu


Enquanto vai escrevendo pensa que um dia escreverá melhor sobre nem um assunto assim te engana contar fique firme no leme e deixa os fantasmas irem embora aí vai poder ir lá pra cima escrever derivas este barco não vira mesmo e caso emborque no fundo o que tu queres é tocar piano deixar o cabelo virar pincel em movimentos de chamas frio ou qualquer imagem que te faça gozar e não querer a dor para sempre hipérbole é a mãe na zona o pai morto por um desabilitado de menor na contra-mão saber que por pisar no pavio seu tio teve sua cabeça arrancada do pescoço e jogada do outro lado do rio tietê é roubar cigarros para o avô alcoólatra moribundo será que uma figura de linguagem me daria um fim melhor ou mesmo este meio em que já estou embebido é o melhor meio de molhar sem secar se pedir me mantenham molhado quanto preciso pagar quem são os melhores que podem manter este ofício sempre isto de não escrever é melhor que escrever por encomenda e ainda ter que dizer ele ia ditando e eu escrevendo enquanto não escrevo acostumo o teclado com palavras de qualquer um estas são palavras de qualquer um responde aí o bundão de orelha estou perguntando se minhas palavras são de qualquer um para larvas de qualquer um lavras de qualquer um parla ervas de qualquer um palavras qualquer 1 não tem emite som mas não sangra quando insere a marca sobre as marcas sem medo que lhe roubem o gado.

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