domingo, 21 de março de 2010

...e os espaços?


A bananeira insiste em desfiar o ar.

O barro cede espaço ao concreto nos telhados.

As matas são recortes no meio das plantações de casas.

Os carinhos nos cães são lidos apenas por olhos âmbar.

As narinas negras-geladas sinalizam saúde, sem resposta.

O jogo da bolinha quando ninguém joga: é cama de gato!

A brecha quer ganhar um bulbo de sangue novo, para movimentos peristálticos.

Os caminhos poéticos flutuam incógnitas passagens sem pontes estáticas.

A dinâmica da palavra não lavrou o suficiente: não plantem ainda humanidades.

Os homens não aparecem nas janelas semi-abertas das casas desertas de homens.

O que sacrificaremos agora por uma "partida imortal"?

As figuras adormecidas em suas casas de origem criam teias de Web.

A cadela sobe no sofá e espia por cima o vizinho frio com sua família mecânica.

Me deram todos os caminhos e a música do mundo: a pauta, o pentagrama,as notas, os tempos...

Um comentário:

Lígia disse...

Aqui, o céu está nublado sob as famílias camargas.