segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

um texto da orientação?







A terra pode oferecer o suficiente pra satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos os homens”.
-Gandhi- _Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços sem consciência e sem necessidade. É compulsivo, descontrolado e se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. Muitos alegam que a propaganda induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo e um fenômeno da sociedade moderna, rotulada como “a sociedade de consumo”. A diferença entre o consumo e o consumismo é que no consumo as pessoas adquirem somente aquilo que lhes é necessário para sobrevivência. Já no consumismo a pessoa gasta tudo o que tem em produtos supérfluos, que muitas vezes não são o melhor para si e quase sempre desnecessários. O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas que juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir à indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa auto-estima, a perturbação emocional e outros. Há curiosidade de experimentar devido a propaganda na TV e por ser um produto de marca. Algumas pessoas compram apenas para atender sua vontade de comprar. Além de consequências mentais ao consumista que são processos de alienação, exploração no trabalho, compulsão por gastar dinheiro (distúrbio observado principalmente nas mulheres) poluição visual e sonora, destruição de culturas, manipulação dos sentidos de tempo e trabalho, o meio ambiente também sofre com este “mal do século”, pois o aumento desenfreado do consumo incentiva o desperdício, a grande quantidade de lixo, a poluição atmosférica, o uso da energia nuclear, o esgotamento das reservas de energia e o aquecimento global, além do aprofundamento das desigualdades sociais. O filósofo francês Gilles Lipovetsky, professor de filosofia na universidade de Grenoble, na França, possui um rol de obras publicadas. Navega em temas como moda, feminino, consumo, publicidade, hedonismo, individualismo, luxo, moral. Gilles Lipovetsky rotulou a sociedade da época de A sociedade do consumo. Publicou, em 2007, A sociedade da decepção. O sumário se apresenta em três partes denominadas A espiral da frustração, Consagração e descrédito da democracia e Uma esperança sempre renovada. Na parte da espiral da frustração, em um determinado momento, ele trata mais especificamente do consumo, evidencia que “o que gera decepção não é tanto a falta de conforto pessoal, mas a desagradável sensação de desconforto público e a constatação do conforto alheio”. O autor ainda vai além afirmando que “a inveja provocada pelos bens não comercializáveis (amor, beleza, prestígio, êxito, poder) permanece inalterável, mas aquela provocada pelos bens materiais diminui”. Vivemos na sociedade do excesso, na sociedade da abundância. Nem que seja excesso de riqueza pra uns e abundância de pobreza pra outros. No meio, uma classe média que tem excesso de desejo e abundância de débito no cartão. Mas o que define um rico? Alguém disse que rico mesmo é aquele que compra uma coisa sem perguntar o preço. Em recente entrevista, o filósofo Gilles Lipovetsky comentou que a Daslu, onde se pode chegar de helicóptero é quase uma provocação. Este é um luxo voltado exclusivamente para os milionários, que não permite o fácil acesso a quem não tem moral financeira. Lipovetsky segue dizendo que vivemos na Hipermodernidade, caracterizada pelo hiperconsumo. Mas a Hipermodernidade é boa, porque permite que bastante gente tenha acesso não apenas a consumo de comida, roupas e entretenimento, mas também a consumo de tecnologia médica e de comunicação. A parte ruim é que essa mesma sociedade que prega o bem-estar, o lazer, o prazer, também experimenta uma grave incidência de perturbações, ansiedades, o que, no fundo, segundo o filósofo, parece nos dizer que “o poder de consumo cresce cada vez mais, mas a felicidade não”. O problema estaria em querer comprar a felicidade. Lipovetsky então concorda com Rousseau, pois para ambos a felicidade está na relação da pessoa com ela mesma e com os outros. Uma pessoa em conflito consigo mesma não consegue ser feliz, compre o que comprar – ou por isso mesmo ela compra o que consegue comprar. E a coisa piora quando não consegue pagar. O pior mesmo é ver como as marcas se tornaram o sentido da vida para muita gente. Como diz Lipovetsky, “não há drama no fato de alguém não poder comprar marcas e luxo; o drama é a vida não ter outro ideal senão o consumo”. Essa corrida pelo ter, fortalece o individualismo, que, segundo o filósofo Adorno, é o fruto de toda essa Indústria Cultural. A indústria cultural não se importa com seus efeitos nocivos, somente com os lucros que pode ter. A principal aliada da indústria cultural é a televisão, onde o receptor assiste programas com personagens ricos, como dificilmente conseguirá ser. Faz sair da realidade do cotidiano para tentar esquecer as contas a pagar e problemas a resolver. O público ideal para a indústria cultural são sujeitos psiquicamente mal formados, o que impera é a semi-informação (atitude anti-filosófica). Para Adorno é melhor ter cultura nenhuma, do que ter semi-cultura. Nela o que realmente importa é a quantidade e o lucro, não a qualidade. Segundo Canclini (pesquisador argentino), o consumo, de forma simples, é “o conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e o uso dos produtos”. A principal categoria a que hoje se liga o consumo não é a racionalidade do uso das mercadorias, mas sim o valor simbólico da diferenciação social. Jean Baudrillard (filósofo francês) defende que “nunca se consome o objeto em si (no seu valor de uso) – os objetos (no sentido lato) manipulam-se sempre como signos que distinguem o indivíduo, quer filiando-o no próprio grupo tomado como referência ideal quer demarcando-o do respectivo grupo por referência a um grupo de estatuto superior”. Para Baudrillard a persuasão na publicidade “faz do objeto um pseudo-acontecimento que irá tornar-se o acontecimento real da vida cotidiana através da adesão do consumidor ao seu discurso”.Referências:LIPOVETSKY, Gilles. A sociedade da decepção. Barueri, SP: Manole, 2007. 84p.

Um comentário:

Cássio Amaral disse...

Quero consumir o AMOR e expandi-lo como a única forma de transformação e iluminação. O caminho é só(embora tenhamos mulher, filhos e tudo mais).
O êxtase (dança selvagem) e o êntase( iluminação interior, sofrimento, purificação).
QUero consumir esse amor e perdoar quem devo, pedir perdão pra quem magoei, pra quem feri. Quero consumir a fraternidade como bondade e respeito, como uma bandeira de me colocar no lugar da outra pessoa.
Quero praticar o altruísmo, embora o mundo esteja Materialista.
---------------------------------

Aqui escuto Milton Nascimento e lembro dos meus amigos.
Sinto muito pela passagem de sua mãe, estamos emprestados aqui como diz minha mãe.
Mano, te liguei hoje pra falar com vc. Liguei algumas vezes aí e falei com Bizé. Maick te ligou também.

TE CONSIDERO UM ERAI(ILUMINADO),
TE CONSIDERO MEU IRMÃO.
E QUERO TE AGRADECER POR TUDO QUE FEZ POR MIM AÍ.

ME DESCULPE ALGO QUE FIZ QUE NÃO GOSTOU.

SAIBA QUE TE AMO MANO VÉIO.

E UM GRANDE ABRAÇO.

MUITA LUZ.

SEU TEXTO BATEU FUNDO.