quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Nossos céus-das-bocas querem dizer outras coisas


Quando ele bebia o mundo ele girava em torno de si plá mosca morta em cima do balcão este céu leite coalhado elos desfocados liga trama pulseiras infantis desta atualidade roda comigo urubu historiador gritava ao léu louco de realidade governamental xarope de instituição pública chefe dono do cabaré chefe jogo do bicho chefe contrabandista chefe agiota chefes vendedores baratos de gratificações de conchavos politiqueiros esta gosma quer ser nação ora pois pois seu português embrulha mais este pão pro freguês para o fim do mês quando me emprestares o forno do pernil do fim do ano pingado na goela garoa na testa amassando barro no parque novo mundo rumo a dom vital seu empregador transportador conferente de notas fiscais de todas as grandes empresas sangue-sugas neste rincão fim de ano até 4 da madrugada sem ônibus caminhar até a marginal pegar qualquer coisa descer na Penha chegar em São Miguel amanhecendo ...

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